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Imagine um mulher 'pra frentex' que, no começo do século passado, resolveu sair de sua vida luxuosa na Dinamarca para administrar SOZINHA uma fazenda no Quênia? Pois é, Karen Blixen (ou, se preferirem, a baronesa de Blixen-Finecke) fez isso e, anos depois, escreveu suas memórias em A Fazenda Africana. Livro que, aliás, você pode encontrar como se a autoria fosse de Isak Dinesen, o pseudônimo de Karen.
Mas não espere uma autobiografia. Minha impressão é que a autora tinha a intenção de contar o que ela levou da experiência (a fazenda faliu e ela teve que voltar à Europa), suas reflexões e sua observações sobre os nativos. Cabe ao leitor juntar os fatos, chegar a algumas conclusões e, quando ficar na dúvida, dar uma pesquisada. Karen menciona o marido vez ou outra, mas não diz que ele vivia a traindo e que eles se separaram em 1921 (ou seja, ela tocou a fazenda por mais de dez anos depois disso). Também omite o trauma que carregou a vida toda porque seu pai se matou de vergonha por ter contraído sífilis. E, sobretudo, não esclarece que teve um relacionamento de cinco anos com personagem Denys Finch Hatton.
Por Gabriela
Frase de Karen Blixen sobre o encanto de escrever uma história