A gente lê: Fahrenheit 451
Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, é uma das distopias clássicas da literatura, ao lado talvez de 1984 (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley).
Bradbury imaginou que, no futuro, os livros seriam proibidos. A partir dessa premissa, ele criou uma sociedade em que os bombeiros existem não mais para apagar fogo, mas para queimar exemplares de livros escondidos pela cidade.
O herói da história é justamente o bombeiro Montag que, logo nas primeiras páginas, encontra uma adolescente de 17 (?) anos toda diferentona. Essa menina gosta, segundo ela mesma, de observar as coisas - isso em um ambiente em que pensar era mal visto.
Os encontros com Clarisse estimulam Montag a questionar a própria vida, a profissão e o relacionamento com a esposa, uma mulher fútil que passa o dia assistindo a programas de televisão e chamando os apresentadores de "sua família".
Ou seja, temos Montag, o revolts, num ambiente repressor. O que vai acontecer desse conflito, você já deve imaginar.
Destaco que este livro é de 1953 e, nele, aparecem prenúncios para a gente de 2014: reality shows, valorização do audiovisual em detrimento do sensorial, pessoas super estimuladas e ao mesmo tempo alienadas...
Vou até copiar um trecho abaixo para vocês sentirem a crítica de Bradbury:
"Encha as pessoas com dados incombustíveis, entuapa-as com 'fatos' que elas se sintam empanturradas, mas absolutamente 'brilhantes' quanto a informações. Assim, elas imaginarão que estão pensando, terão uma sensação de movimento sem sair do lugar".
Instigante, não é? Mas a partir daqui vou ser sucinta para polemizar o mínimo possível: eu detestei o livro. De verdade! A ponto de ter que me forçar a terminar.
Eu sei que Fahrenheit 451 é a base de muito o que vimos por agora - chuto que, inclusive, a série Jogos Vorazes. Mas eu achei chato, não gostei dos personagens, previsível e com um linguajar extremamente rebuscado sem ser genial (ex: "Depois, ao ir para a cama, sentiria no escuro o sorriso inflamado ainda preso aos músculos da face").
Pronto, falei.
Mas melhor vocês me ignorarem, já que fiz uma pesquisa nos blogs que acompanho e todos dizem que o livro é "sensacional". Não sei. Talvez se eu tivesse lido o livro quando era mais nova, antes de 1984 (esse, sim, avassalador)...
Discorda de mim? Explique por que nos comentários ; )
ulisses sebrian 18 de Agosto de 2014 às 14:15
Olá Tudo bem! Visitei o seu blog e agora estou como seguidor se não se importa. Divulgue em meu twittter @ulissessebrian Obrigado e sucesso. E também tenho um blog gostaria que visitasse. Histórias empolgantes e que te emocionam. http://migre.me/dVvEK Ou http://truquedevida.blogspot.com.br/ https://twitter.com/ulissessebrian