Meta de Leitura 2015 + O Talentoso Ripley
Antes de falar do livro que li (O Talentoso Ripley), vou compartilhar a minha meta de leitura de 2015. Bem possível que alguns já tenham visto essa meta em algum lugar:
Bom, achei esse desafio no 9gag, mas também encontrei outros sites que postaram esse mesmo desafio.
Confesso que ainda estou mal, pois li apenas 2 livros nesse mês de Janeiro, mas estou empenhado em alcançar a lista quase inteira (eu digo quase, pois tem alguns que não consigo, como "A book that made you cry").
Mas está lançado o desafio. Já atingi vários deles lendo Persépolis (da Gabriela, que até já escreveu um post aqui no Shere) e o Talentoso Ripley. E caso alguém queira fazer também, estou disponibilizando uma planilha pra te ajudar a preencher.
Planilhas com as metas: em Excel, em Libre Office e até em CSV.
Mas chega de desafio. Agora vou falar um pouco do livro que li, O Talentoso Ripley, de Patricia Highsmith.
O livro é um pouco antigo, de 1955. Mas fez tanto sucesso, que já em 1959 ganhou sua primeira adaptação pro cinema, e fizeram de novo em 1999 (que a maioria deve conhecer, estrelada por Matt Damon).
A história começa com o trambiqueiro do Ripley. Mostra ele "ganhando a vida" ao ligar e enganar as pessoas para que elas deem dinheiro a ele. Mas isso não rendia muito, pois dividia a casa bem apertada com um amigo.
Mas algo muda em sua vida quando o Sr. Greenleaf o convida a ir para a Europa convencer o filho (Richard Greenleaf, vulgo Dickie para os mais íntimos) a voltar para o Brasil. Esse filho está mais para um filhinho de papai, pois vive bem (e muito bem) com a grana de seu pai. E aí começa a história. Ripley aceita e vai à Europa, e tenta (mas não tanto assim) a convencê-lo a voltar. Percebe que as coisas não estão dando muito certo, e então tenta fazer sua maior trambicagem, que é tomar o lugar de Dickie.
Comparação com o filme (de 1999) - Alerta de Spoilers
Cuidado: Já no próximo parágrafo tem spoiler.
Certo. Logo depois de ler, resolvi assistir à última adaptação do filme, dirigida por Anthony Minghella. Eu me lembrava bem mal da história, e até achava que no filme o Ripley se ferrava. Mas o malandro se dá bem mesmo.
Sobre o filme, achei que ele faz menos sentido que o livro. Por exemplo, logo na viagem do Ripley pra Europa, ele se intitula como Greenleaf, mostrando que ele já tinha intenção de tomar o lugar de Dickie. Achei estranho, principalmente porque no livro isso é muito mais bem explicado: ele vai conhecendo o Dickie, e percebe que se parecem um pouco fisicamente, e uma hora ele encontra essa "oportunidade".
O Dickie no filme é mais garanhão. Ele é super pegador, engravida a moça, vai na balada e está com outra... tem bastante coisa adicionada para torná-lo pior. Não que ele seja bonzinho no livro, mas não era tão mal.
A Marge (namorada do Dickie) no livro é mais bobinha. Ela cai muito mais fácil nas tramas do Ripley, e acaba ajudando ele mais vezes. No final, ela nem mesmo sabe que foi ele, diferentemente do filme.
Bom, e por aí vai. Pessoalmente, gostei mais do livro. Tem um maior aprofundamento nas tramas do Ripley, mostrando as cartas que ele escrevia e recebia como Dickie. Para quem se interessar, só me pedir aqui pelo Shereland.
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