Pai de Anne Frank agora é coautor do Diário
Como assim O Diário de Anne Frank não foi escrito só pela Anne Frank? Pois é. A Fundação que leva o nome da garota reconheceu que o pai dela, Otto Frank, também deu seus pitacos na criação dos textos (não apenas na edição, como se acreditava até hoje).
Calma, gente, isso não tira o mérito de Anne e nem da obra. No fundo, a gente já sabia que o homem deve ter dado uma bela de uma mexida nos escritos antes de publicar o texto de uma criança. No entanto, a autoria virou algo tão importante assim por uma questão puramente financeira: os direitos autorais.
De acordo com as leis vigentes na Europa, uma obra vira domínio público setenta anos após a morte de seu autor. No caso, Anne Frank morreu em 1945, então o Diário se tornaria de todo mundo a partir de janeiro deste ano (o pessoal do Museu lá de Amsterdã já estava até preparando uma edição especial). Mas a Fundação Anne Frank sediada na Suíça, que detém os direitos do Diário, não estava a fim de sair perdendo. Reconhecendo Otto como coautor, eles estenderam o prazo para até 2047.
Uma das provas usadas para tanto foi a análise de um especialista em caligrafia, que chegou a conclusão que o "manuscrito original" só pode ter sido redigido por um adulto.
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