As melhores frases de Pagu em Paixão Pagu
Em 2014, li Paixão Pagu, uma carta honestíssima que a escritora e militante comunista Patrícia Galvão escreveu ao marido para contar tudo o que ela já tinha aprontado em seus 30 anos de vida. O depoimento, que depois seus filhos decidiram publicar para fazer as vezes de uma autobiografia, menciona o aborto aos 14 anos, o casamento por interesse, o caso com Oswald de Andrade e até as missões em que ela seduzia figurões para conseguir informações para o Partido Comunista. Quem quiser saber mais sobre minhas impressões sobre o livro, pode clicar aqui.
Esses dias, mexendo no meu exemplar, notei que, na ocasião, havia destacado alguns trechos e me esquecido de compartilhar aqui no Shereland. Bom, nunca é tarde:
"Sou contra a autocrítica. O aproveitamento da experiência se realiza espontaneamente, sem necessidade de dogmatização."
"Seria bom se eu tivesse o poder de ver as coisas com simplicidade, mas a minha vocação grandguignolesca me fornece apenas a forma trágica de sondagem."
"Cada pensamento que não fosse forte e calmo me enchia de vergonha."
"Quando a gente julga não estar ainda completamente degenerada, quando se dá ainda importância a toda essa série de conceitos inventados pelos homens, mas tão repetidos que acreditamos neles como verdades eternas - lealdade, verdade, sinceridade, honra. E do outro lado, infâmia, vergonha..."
"passeando pelos acidentes este meu corpo, que acho sinceramente desprezível, mas que tenho em grande conta, visto fazer dele o centro de tudo, mesmo do universo."
"Quantas vezes já havia morrido? Quantas vezes eu renascia do meu congelamento? Olhava complacente para todos os desastres anteriores. E percebia que me humanizava."
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