Conheça a PUF: a primeira livraria que só imprime o que o leitor quer ler
Em fevereiro de 2006, Paris perdia uma de suas livrarias mais icônicas, a Presses Universitaires de France - ou PUF para os íntimos. Localizado na praça da universidade Sorbonne, o estabelecimento deixou de ser o ponto de encontro de gerações e mais gerações da nata da intelectualidade para se transformar em uma loja de roupas. No céu dos escritores franceses, Sartre e Simone se abraçaram melancólicos enquanto Bataille chorava lágrimas de sangue.
Até que, dez anos depois, a livraria foi reaberta a algumas ruas de distância de seu ponto original, mas totalmente readaptada para enfrentar os tempos modernos. Sem estantes abarrotadas de livros físicos, a PUF se tornou a primeira livraria que só vende por demanda. O que significa que o cliente escolhe o título desejado por meio de catálogos disponíveis em tablets e, cinco minutos depois, o livro é parido pela grande estrela do negócio, a Espresso Book Machine (EBM).
Está bem, mas por que a PUF está sendo vendida como a salvação do mercado editorial? Porque desse modo os livreiros só pagam o que vai ser vendido e também não precisam gastar aquela grana com estoques para seus 5.000 títulos próprios e mais 3.000.000 títulos em domínio público.
Pelo que li, o preço do produto final será o mesmo do oferecido em qualquer outra livraria, mas o cliente ainda pode mandar imprimir gratuitamente uma dedicatória.
Quem vai passear pelo Quartier-Latin, em Paris, procure a PUF na 60 rue Monsieur-le-Prince (aberta das 14 às 19h das segundas e 10 às 19h de terças a sábados).
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