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Fatos aleatórios, resenhas despretensiosas, curiosidades gostosas, detalhes escondidos e histórias esquecidas sobre o mundo dos livros (e de seus autores)

Frases e citações de Mia Couto em Terra Sonâmbula

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Mia Couto é poesia pura em prosa. Por isso, aprendi que antes de começar uma obra do autor, é melhor me certificar de que tenho marcadores o suficiente para destacar frases e mais frases. Vou compartilhar as minhas citações favoritas de Terra Sonâmbula (que resenhei aqui) com vocês. 

"Acendo a estória, me apago a mim.

 

"O sonho é o olho da vida."

 

"Se um dia me arriscar a um outro lugar, hei-de levar comigo a estrada que não me deixa sair de mim."

 

"Não gosto de pretos, Kindzu.
- Como? Então gosta de quem? Dos brancos?
- Também não.
- Já sei: gosta de indianos, gosta da sua raça.
- Não. Eu gosto de homens que não tem raça."

 

"Que pessoa estava em si e lhe ia chegando com o tempo? Esse outro gostaria dele?"

 

"- Não pensa, rapaz. A vida é tão curta, você quer encher ela de tristezas?"

 

"As ideias, todos sabemos, não nascem na cabeça das pessoas. Começam num qualquer lado, são fumos soltos, tresvairados, rodando à procura de uma devida mente."

 

"Aquela noite lhe dera a certeza: os sonhos são cartas que enviamos a nossas outras, restantes vidas."

 

"A morte, afinal, é uma corda que nos amarra as veias. O nó está lá desde que nascemos. O tempo vai esticando as pontas da corda, nos estancando pouco a pouco."

 

"Porque o amor é esquivadiço. A gente lhe monta a casa, ele nasce no quintal."

 

"Você sabe: em terra de cego quem tem um olho fica sem ele."

 

"Afinal, em meio da vida sempre se faz as seguintes contas: temos mais ontens ou mais amanhãs?"

 

"A festa é a tristeza fazendo pino."

 

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Decore sua casa com adesivos de parede inspirados em Harry Potter

O Think Vinil - o site especializado em adesivos de parede mais legal do universo - acabou de lançar uma coleção especial para os fãs do Harry Potter <3

Sério! São 13 modelos super legais com ícones que remetem à saga e com preços super em conta.

No álbum no fim deste post, você pode ver os meus adesivos preferidos da coleção HP, mas se você tiver alguma ideia diferente, entre em contato com o pessoal do site, porque eles também fazem personalizações (ou seja, serve mesmo que você não curta o bruxinho e companhia, mas queira materializar uma citação bacana).

 

 

Álbum

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Pesquisa mostra porcentagem de leitores no Brasil e os gêneros literários mais populares

Afinal, quem é o leitor brasileiro? Em julho de 2014, a empresa Innovare Pesquisa celebrou o Dia do Livro com a publicação de um infográfico sobre o perfil do leitor brasileiro. Ali, conseguimos ver quantos somos, do que gostamos, o que compramos e quanto publicamos.

Vejam que legal:

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Qual é a população brasileira de leitores?
A Innovare Pesquisa fala em 88,2 milhões de brasileiros que leem, o que equivale a 44% de um total de 200,4 milhões. É um número mais otimista do que o apontado em análise da Federação do Comércio do Rio de Janeiro que concluiu que apenas 30% dos brasileiros leram em 2014.

Quantas editoras atuam no Brasil?
São 500 editoras, apesar de 19.910 obras terem sido publicadas de maneira independente.

Quais são os gêneros literários favoritos?
Não tem. Se analisarmos o infográfico, percebemos que a porcentagem dos gêneros mais vendidos está bem parelha.

 

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Adryano 21 de Abril de 2020 às 14:29

Olá, muito interessante a matéria, porém tanto a imagem quando o link de acesso ao infográfico não estão disponíveis. Se vocês puderem conserta isso eu agradeceria muito, pois tenho interesse nesses dados.

11 frases de Virginia Woolf em Noite e Dia

frases-virginia-woolf.pngNo post anterior contei o que achei sobre Noite e Dia, o segundo romance escrito por Virginia Woolf. Conforme escrevi, este livro da autora não foi para a minha lista de favoritos, entretanto separei onze citações iluminadas do livro:

 "a vida era uma coisa que cumpria amar até a última fibra."
"Os touros da minha mãe sempre se transformam em vacas no momento crítico."
"- Quando a gente considera coisas como as estrelas, os nossos negócios não parecem importar muita coisa, não é?"
"A infelicidade é um estado de espírito e com isso quero dizer que não é a resultante necessária de uma causa específica."
"a vida é suportável dentro dos próprios domínios, desde que se cultivem repolhos e rabanetes, e não melões e romãs."
"a luz da verdade brilha num mundo que os nossos desastres pessoais não conseguem abalar."
"Num relance, a convicção de que não amar é o maior de todos os pecados estampou-se no mais fundo do seu espírito, e ela se sentiu como que marcada a fogo para sempre."
"Foi isso que fiz da minha vida: nada, nada, nada."
"Afinal de contas, não se interrompem crianças que estão brincando nem se arranca o sonhador de um sonho."
"É que discutir estraga as coisas; perturba a mente das pessoas; e agora somos todos tão felizes..."
"a vida consiste em perder trens e em encontrar..."

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Por que não gostei de Convergente, o final da trilogia de Divergente

Depois de ler Insurgente, pulei direto para Convergente, o livro que encerra a saga Divergente, de Veronica Roth.

Infelizmente não consegui fazer uma lista de 10 motivos para ler como havia feito com a primeira obra da série, então a resenha será sobre as razões que tornaram a leitura, na minha opinião, decepcionante.

1- Muitas mortes, pouco significado


Olha, mais um personagem morreu. "Quase me importei"

Seguindo a lógica dos dois livros anteriores, Convergente mata muitos personagens. Mas diferentemente de Insurgente, no qual muitos personagens sem importância morrem sem glamour, em Convergente vários personagens que deveriam ter importância morrem ou ficam feridos sem a devida atenção. 

Sem spoilers, o que dá pra dizer que é que as descrições são quase nulas. Um movimento que você não entende bem e a pessoa no chão. Fim. "Ah. Que pena. Não vamos discutir sobre isso, continue a história." 

É essa a sensação que tive. Eu sei que os momentos pediam agilidade, mas sendo um livro em primeira pessoa, senti falta de um conflito interno maior sobre fatos importantes como esse. 

Algumas pessoas podem dizer que é a tentativa de mostrar como a guerra mata "do nada". Mas alguns personagens simplesmente mereciam mais atenção da protagonista.

2- Ponto de vista de dois personagens (que simplesmente são iguais)


Tris ou Tobias? Quem está falando agora?

No último livro, Veronica simplesmente decidiu acrescentar a visão do Tobias também em primeira pessoa. A ideia parece boa, mas a realidade... Além do problema da mudança repentina e de nem sempre a cena na qual o personagem está é interessante, temos a drástica falha do livro: Tobias simplesmente vira a irmã gêmea da Tris. 

Isso mesmo. Aquele homem forte, cabeça dura, inteligente, sério, às vezes romântico, mas muito misterioso se transforma num garotinho mandão, assustado, infantil, brigão, impulsivo e completamente imaturo. Ele virou a Tris do segundo livro. 

Em muitos capítulo eu não saberia quem estava falando se não estivesse em cima escrito. Experimente ler sem prestar atenção no nome que aparece ao lado do capítulo. Impossível.

3- Sensação de que nada acontece

Enquanto Insurgente é muito dinâmico e consegue dar a sensação de distopia que o mundo está ruindo, Convergente é morno demais. 

A questão é que demoram mais de 300 páginas para algo realmente interessante acontecer e quando acontece você acha que é só um "esquenta", mas não é. Nada tem cara de "último livro", "batalha final", "decisão", "vamos todos morrer". Isso é um problema causado pela falta de envolvimento com a história, ambientada em novo local e pelos muitos novos personagens.

Só existe um acontecimento de verdade no livro, e está nas últimas páginas.


"Nossa. que missão interessante, hein, Tris, fala mais..."

4- Novos personagens demais

Muitos nomes. Muita gente nova que você simplesmente não se importa ou tem tempo de lembrar os nomes. É difícil se envolver com a história. 

Mais uma vez vemos o problema de que a autora parece escrever as frases primeiro e depois determinar qual personagem terá a vez de falar. 

Todos são muito parecidos entre eles e parecem personagens que morreram nos outros livros, só que com outro nome. 

Tudo bem criar 300 pessoas para o livro, mas se todas são mal desenvolvidas é muito difícil. Elas são planas e parecem ter somente um lado. É basicamente dividido entre "turma do bem" e "turma do mal". 


"Tá. Esse é o... Pera. Era o o outro. Era irmão de.. Oi?"

5- Casal graduado como genérico e chato

Como dito, Tobias está simplesmente in-su-por-tá-vel neste livro. Ele é a Tris de "Insurgente", a garota da D.R., com duplo poder de frescura. Tris melhorou de suas reclamações do livro 2 e se aproxima da menina forte do primeiro livro, mas agora precisa ficar brigando com o namorado doppelgänger.


"Estou muito feliz por vocês. Agora vou vomitar"

6- Mãe do Tobias

Fico impressionada como uma mulher retratada como extremamente vingativa e sem medo nenhum de passar por cima de quem for para conseguir seus objetivos desde sempre, agora seja convencida por um discursinho piegas.

Simplesmente não convence. O papel de Tobias nessa história toda também é simplesmente lamentável. Ele regride aos 5 anos de idade e o diálogo é de dar alto momento de vergonha alheia. Até poderia acontecer, mas não tão rápido, não com aquela cena. Eles tiveram oportunidade para fazer isso durante o segundo livro inteiro e não aconteceu porque Quatro ainda tinha uma personalidade...


7- Caleb

Caleb. Onde vive? O que sente de verdade? Por onde anda? Por que não dar um desenvolvimento de verdade para ele? Por que fazer o final não ter um significado de verdade pra ele?

Sem contar que ele é o membro da Erudição mais BURRO que existe. Se você já vai morrer de qualquer forma, por que diabos você vai se sentir acuado com uma ameaça de morte? 

Não dá. Acho que o desenvolvimento dele foi precário. 

Tão diferente dos primeiros livros...  

8- Tudo bem fazer mal a quem não é seu amigo

Sem dar spoilers, o máximo que consigo dizer é: eles discursam o quanto é um absurdo os "caras maus" fazerem maldade com os "caras bons". De que forma vão impedir? Fazendo essa maldade contra eles. Lógica. Onde está?

Além disso: tudo bem que uma população inteira está sofrendo, mas o que interessa de verdade são os pais do meu amigo que ficou mal por minha causa. E ainda querem julgar que um "personagem do mal" aja por culpa. Lógica. Onde está?


Nova Chicago, mais conhecida como Ilha dos Cínicos

9- Explicação e desenvolvimento da história

Depois do segundo livro, você entende o quanto os Sem Facção são importantes. No terceiro, isso é simplesmente ignorado, ninguém liga mais para o que estão fazendo lá na cidade e de forma muito confusa todos esses personagens são deixados de lado para criar um novo núcleo, novo vilão... A autora não soube lidar com dois universos acontecendo ao mesmo tempo.

Além disso, a explicação final para todas as Facções e Chicago estar atrás da cerca simplesmente é muito estranha quando você analisa com algum senso de realidade. Apenas para exemplo: quantas décadas seriam necessárias para completar o experimento? Não seria simplesmente muito custoso ao governo manter pelo menos uma cidade inteira disso durante um século até terem resultados de fato? Será que não tinha um investimento mais inteligente? 

"Não arruíne minha história com a sua lógica..." Tá bom, tá bom.

10 - Sacrifícios

Acho que você sabe do que eu estou falando.

A sensação que dá é que foi tudo por nada. Que primeiro há uma vontade de mudar tudo e mania de herói, depois uma desesperança e vontade de suicídio, e quando finalmente é aprendido que não é necessário fazer sacrifícios no impulso, pois sempre há uma escolha inteligente, acontece o que aconteceu. A escolha é caótica e derruba o final do livro (embora seja o único fato interessante). O pior de tudo, é que o livro termina sem mensagem. "Vão em frente e se matem fazendo coisas idiotas" seria a melhor delas? "Nós podemos nos consertar e seremos perdoados, a menos que seja uma pessoa que fez mal para mim, aí eu não perdoo".


"Por que você faria isso?" Não sei também. Talvez para acabar logo o livro

Simplesmente não vale a pena terminar a trilogia...

:) Mas vamos falar de coisa boa. Veja o que o Shereland te indica de legal e quem sabe você tira essa trama da sua cabeça.


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4 Comentários

Gabriela Castro 6 de Junho de 2018 às 19:22

Sim achei horrível ela misturar a Tris e o Tobias tipo eu tava começando a ler e cheguei na parte em que ela fica em uma cela (começo do livro) e aí aparece o Tobias e começa um dialogo super confuso e chato dos 2 achei horrível isso me confundi muito ao longo do livro aff mas enfim né BJS

Naiani Tavares de Mello Diirr 28 de Março de 2020 às 16:51

Cara, disse tudo! Como assim depois de tudo ... acabar desse jeito?! Tô aqui procurando uma explicação, pq esse termino me trouxe muito sofrimento =(
Achei

weslenia 26 de Janeiro de 2021 às 21:28

Eu achei uma porcaria o último livro, sério mesmo, fiquei deprimida com o fim, não tinha necessidade, a autora simplesmente, mata a personagem principal, a que deu vida a história, e que me fez querer continuar lendo, não entendi, e fiquei super chateada.

Sophie 18 de Maio de 2022 às 02:19

Comecei a trilogia super empolgada, tudo me prendia desde os personagens até às ambientações de cenário
O segundo livro já me deu uma baqueada, parece que invés deles se resolverem e se aproximarem mais a autora resolveu colocar um monte de conflitos idiotas entres eles, mais ainda consegui ler
O terceiro livro foi o que mais me decepcionou, foi só ladeira abaixo. Desde mortes sem sentido até a resolução de conflitos principais totalmente fora da casinha do que ela mesma tinha criado.
Infelizmente é isso que acontece quando um autor tem um prazo pra entregar uma obra e está sem inspiração.
A saga divergente tinha tudo pra ser perfeita,mais infelizmente ela não conseguiu