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Fatos aleatórios, resenhas despretensiosas, curiosidades gostosas, detalhes escondidos e histórias esquecidas sobre o mundo dos livros (e de seus autores)

"Emprestar um livro é despedir-se dele", diz colunista da Época; Concorda?

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Na terça-feira passada, um amigo me recomendou o texto de Danilo Venticinque, colunista e editor de livros da revista Época.

Intitulado 'O Prazer e o Risco de Emprestar Um Livro', o artigo justifica o empréstimo de obras literárias como um forma de compartilhar ideias. "É buscar companhia num mundo em que os leitores, infelizmente, ainda são minoria", defende Danilo.

O autor deixa bem claro: ele prefere perder seu exemplar para sempre, a mantê-lo a salvo - e, portanto, inacessível - em sua estante. 

Conformado com o fato de que algumas obras jamais serão devolvidas, o jornalista propõe a troca para amenizar a dor da perda. Ou seja, sempre que emprestar um livro para alguém, tome algum título desse alguém também. Dessa maneira, se o outro sumir com o seu exemplar, beleza, você ganha o dele.

Por isso, listo aqui algumas regras que uso na hora de emprestar:

  1. Dica de ouro: eu sei com quem está cada objeto meu. Isso ajuda na hora de cobrá-los de volta;
  2. Faço uma reputação mental para os meus amigos. Você não cuidou do meu livro ou demorou para devolvê-lo? Provavelmente vai ouvir uma desculpinha quando me pedir algo novamente;
  3. Sou adepta da compra compartilhada (já expliquei um pouco aqui ). Ou seja, junto amigos interessados em ler as mesmas obras que eu, dividimos os gastos e depois alternamos a leitura dos títulos comprados;
  4. Dou o exemplo e devolvo tudo o que pego em dia. Isso força com que a pessoa que está com o meu livro retribua o gesto.

Cadastre-se no Shereland e empreste e pegue livros emprestado com maior facilidade. A gente explica como se você clicar aqui.  

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Morte de Kurt Cobain completa 20 anos. Listamos três biografias sobre o cantor

No último sábado (5/4), a morte de Kurt Cobain completou 20 anos. Considerado por muitos a última grande lenda, é claro que o líder do Nirvana tem uma vasta biografia dedicada a ele.

Não acho que você precise ser fã de grunge para se interessar. Tanto a vida quanto a morte do astro têm elementos quentíssimos: a personalidade destoante, a genialidade artística, o casamento conturbado, o vício degradante e o suicídio sempre intrigante.

Por isso listo aqui as três biografias sobre Kurt Cobain que julgo mais interessantes. Escolha uma e boa leitura:

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Mais Pesado Que o Céu, de Charles R. Cross - Li há três anos e não exagero quando digo que esse livro tirou o meu sono. Era tão rico em detalhes, que eu me envolvia naquela leitura e depois demorava um tempo para conseguir voltar ao meu mundo. Cross levou quatro anos e se muniu de mais de 400 entrevistas (má notícia: Dave Grohl, baterista do Nirvana e ídolo do Foo Fighters, não topou falar). Está tudo lá: desde a infância introspectiva de Kurt até os últimos dias insanos. Mas o ponto é que o autor faz isso sem deixar de questionar seu biografado e as versões que este contou sobre si por aí. 

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Kurt Cobain - A construção do mito,  de Charles R. Cross - Treze anos depois de ter lançado a obra mencionada acima, o mesmo escritor vem ao público para analisar em 130 páginas como Kurt se tornou o último ícone do rock que se tem notícia. O livro acaba de chegar nas prateleiras brasileiras, e só consegui dar uma folheada. Mas garanto que lerei e, em breve, volto aqui para contar mais.

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Kurt Cobain - Fragmentos de Uma Autobiografia, de Marcelo Orozco - Lembro que, no começo da minha adolescência, sempre que tinha a oportunidade de estar numa livraria, eu corria para ler um pouco deste título. Trata-se de uma análise da vida que Kurt criou para ele mesmo nas letras do Nirvana - trecho a trecho. Para quem curte a banda, é minha recomendação mais forte.

Leia mais sobre Kurt Cobain:

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Leia mais sobre biografias:

Qual biografia você começou, mas não chegou ao fim? 

Biografia de Frida Kahlo (mas a promoção na Amazon já acabou) 

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Que tal ter uma toca de hobbit no seu quintal?

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Já ouviu aquele ditado '"faça do limão uma limonada"? Pois o britânico Ashley Yeates fez quase isso: ele transformou uma macieira apodrecida numa toca de hobbit. 

Inspirado principalmente pelas descrições de J.R.R. Tolkien na trilogia O Senhor dos Anéis, o paisagista de Bedford, na Inglaterra, construiu junto com um amigo uma toca no quintal de casa. 

O processo levou cerca de um ano e foi todo descrito neste Tumblr

Gostou? Então contate os caras, porque eles estão aceitando encomendas :p

Álbum

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Cinco dicas para economizar na hora de comprar livros

Não é porque gostamos de ler, que temos que ficar gastando uma nota com livros, não é mesmo? Então vou compartilhar alguns truques que aprendi nesses anos como freguesa literária:

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  • Comprar pela internet é mais barato. Isso significa que a obra vendida pela livraria X será mais cara do que a mesma obra oferecida no site da livraria X. Segundo um vendedor da FNAC me explicou, ao item da loja física são adicionados gastos como aluguel do espaço, luz, água, funcionários e etc;
  • Textos em português são mais caros do que em inglês ou espanhol. Isso porque quanto mais falantes do idioma Y existirem, mais obras no idioma Y serão produzidas (o que reduz o custo final). Só para terem uma ideia, tenho um exemplar em espanhol dos dois volumes do Dom Quixote em capa dura da editora Alfaguara que custou R$ 30,00. Já a edição brasileira boa custa o dobro! O problema é que não é tão fácil achar livrarias que ofereçam obras importadas (em São Paulo, gosto da Martins Fontes). O mesmo vale para e-books: vá na loja da Amazon e faça um teste para ver que não estou mentindo.
  • A mesma loja pode aplicar preços diferentes para o mesmo item, dependendo da forma como você chega a ele. Certa vez, o livro Ariel, de Sylvia Plath, estava trinta e poucos em um banner da Saraiva exibido num portal de notícias. Quando acessei o Saraiva.com.br diretamente e procurei pela edição idêntica, ela custava trinta e tantos. Para escapar desse truque, opte sempre por chegar aos objetos desejados por sites onde a concorrência rola solta, como o Buscapé
  • Achou uma oferta imperdível? Pare tudo e aproveite, porque ela pode se auto-destruir em 3,2,1 ... Conforme contei neste post , já vi o mesmo site mudar promoções três vezes em menos de 24 horas;
  • Uma coisa que a gente do Shereland experimentou e deu certo é a compra em conjunto. Traduzindo: junte amigos interessados em ler os mesmos títulos e dividam os gastos (e a leitura). Livro compartilhado é muito mais legal do que livro juntando pó na estante ;) Em breve, vamos ajudar você a gerenciar melhor esse empréstimo.

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Rafael 25 de Março de 2014 às 13:40

Belas dicas. Vai pros favoritos :)

Só exemplificando, a coleção dos Jogos Vorazes custou metade do preço, já que compramos em 2.

Curiosidades do mundo literário

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Você sabia que os livros do Harry Potter foram escritos à mão? E que Machado de Assis tinha uma caligrafia ruim?

Olha só o que mais encontramos por aí:

  • Foram feitos mais de 400 filmes baseados nas obras de Willian Shakespeare;
  • Virginia Woolf, Goethe e Hemingway tinham o hábito de escrever em pé;
  • Agatha Christie é a autora mais traduzida no mundo;
  • Machado de Assis tinha caligrafia tão ruim, que nem ele próprio conseguia entender;
  • Harry Potter e a Pedra Filosofal foi rejeitado 12 vezes antes pelas editoras (além de ter escrito todos os seus livros à mão);
  • O Diário de Anne Frank (que já vimos outras vezes pelo Shereland foi rejeitado 15 vezes antes de ser publicado)

Tem bastante coisa, mas essas foram as que achei mais interessantes.

E você? Tem alguma curiosidade bem interessante para nos contar?

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2 Comentários

Patricia Fernandes de Souza 24 de Março de 2014 às 14:00

Pra animar qq escritor (a)!!! kkkkkkk

Gabi 28 de Março de 2014 às 00:35

Ouvi falar que a Clarice Lispector escrevia com a maquina de escrever em seu colo. Ja meu amado Kerouac escrevia dopado de benzendrina, como se estivesse possuido. On the road, por ex, foi feito em poucos dias.