5 coisas que você deve saber antes de tentar publicar seu livro
Você finalmente colocou o último ponto final no seu livro? Respire fundo, porque ainda existe um longo caminho até que ele vá parar nas prateleiras das livrarias. Supondo que todos os desafios literários e estilísticos tenham sido superados e que você realmente tenha escrito um texto bom e original (\o/), chegou a hora de mandá-lo para as editoras.
É lá que seu trabalho será avaliado por um profissional que vai prosseguir ou acabar com o seu sonho (pelo menos momentaneamente). Para aumentar as chances de você ter sua obra publicada, listo cinco itens que aprendi em um curso ministrado por Vanessa Ferrari, editora da Companhia das Letras.
Tome nota e boa sorte :)
1. "Cada editora tem um DNA"Não pense que sair enviando seus originais para todas as editoras do Brasil amplia o seu leque de oportunidades, pois cada empresa tem especialidades. Algumas publicam apenas HQs, outras não curtem biografias... Sacou?
Para evitar perda de tempo e de dinheiro, acesse o site da editora e veja se o catálogo dos últimos livros lançados por ela orna com o estilo da sua obra.
Dica da Vanessa Ferrari: a Objetiva, Record, Alfaguara e a própria Companhia das Letras são as mais interessadas em autores nacionais.
2. O contexto pode te ajudar... ou te ferrar
Efemérides aumentam o interesse por um assunto. Exemplo, 2014 foi um bom ano para se lançar livros sobre Copa ou sobre os 50 anos do Golpe de 1964 (embora provavelmente tenham começado a mexer nos originais há uns dois anos).
Ao mesmo tempo, cuidado com a saturação do mercado. Mesmo que sua obra seja maravilhosa, dificilmente será aceita por uma editora que acabou de aprovar outro livro sobre o mesmo tema. E esse "mandar na hora certa", meus amigos, é questão de sorte. Simples assim.
3. Escreva um livro de 300 páginas no máximo
Livro grosso não vende "a não ser que você seja o Ruy Castro", brincou a professora. Não existe uma resposta científica para esse fato, mas eu, leitora-pedestre, confesso a minha preferência por carregar menos peso na bolsa.
4. Prefira o romance à poesia
Poetas do meu Brasil, me desculpem, mas será difícil ver seus versos publicados por uma grande editora, porque poesia também não vende "a não ser que você seja o Leminski", comparou Vanessa Ferrari.
E aí ela completou com uma notícia que, para mim, é ainda mais triste: contistas também não costumam ser muito valorizados, não. Por isso, melhor escrever um romance :/
5. Não invente
Quanto mais artifícios tiver seu livro - e aqui eu me refiro a ilustrações, fontes coloridas, mapas, diagramação inovadora - mais ele custará. E aí a editora vai pensar mais antes de bancá-lo.
Posts relacionados
Dicas de escrita, por Gregorio Duvivier
Presos romenos ganham 30 dias de pena a menos para cada obra publicada
Deixe um comentário:
3 Comentários
JOSÉ ANTONIO SINTRA 4 de Março de 2021 às 18:13
Caro(a) conselheiro(a),
No seu item 4 "...poesia também não vende..."; precisamos conversar a respeito disso! A minha vende (vai vender)!! É questão de achar um canto, sentar e ler. Não restará dúvidas que é uma aposta promissora! Caso os originais caiam nas tuas mãos, você não terá lido nada mais inteligentemente interessante. Estou fazendo uma prévia revisão; logo chegam aí. Fica de olhos abertos... eles vão se arregalarem!!
Abraços!!
romeu 27 de Agosto de 2022 às 17:26
boa tarde,
escrevi algumas adaptações sobre 3 obras de julio verne que quase não são publicadas com qualidade qdo comparadas com as obras mais famosas como por exemplo: 20.000 léguas submarinas, viagem ao centro da Terra e volta ao mundo em 80 dias.
gostaria de saber quais são as sugestões que podem ser oferecidas a mim sobre publicação, ilustração e outras afins.
ainda, sou professor de geografia e decidi acrescentar de forma anexa, para quem interessar possa, atividades relacionadas a geografia.
grato
Luiz Sérgio Alves 24 de Outubro de 2022 às 10:01
Tenho um livro autobiográfico (policial) e alguns outros projetos. Quero viver de escrever. Sou formado em jornalismo e experiente em todas áreas, reportagem, redação, edição,, direção de veículos de comunicação e como assessor de imprensa de grandes personalidades da vida pública. Estou me aposentando a polícia civil e quero dedicar meu tempo à escrita e viver disso.