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"Emprestar um livro é despedir-se dele", diz colunista da Época; Concorda?

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Na terça-feira passada, um amigo me recomendou o texto de Danilo Venticinque, colunista e editor de livros da revista Época.

Intitulado 'O Prazer e o Risco de Emprestar Um Livro', o artigo justifica o empréstimo de obras literárias como um forma de compartilhar ideias. "É buscar companhia num mundo em que os leitores, infelizmente, ainda são minoria", defende Danilo.

O autor deixa bem claro: ele prefere perder seu exemplar para sempre, a mantê-lo a salvo - e, portanto, inacessível - em sua estante. 

Conformado com o fato de que algumas obras jamais serão devolvidas, o jornalista propõe a troca para amenizar a dor da perda. Ou seja, sempre que emprestar um livro para alguém, tome algum título desse alguém também. Dessa maneira, se o outro sumir com o seu exemplar, beleza, você ganha o dele.

Por isso, listo aqui algumas regras que uso na hora de emprestar:

  1. Dica de ouro: eu sei com quem está cada objeto meu. Isso ajuda na hora de cobrá-los de volta;
  2. Faço uma reputação mental para os meus amigos. Você não cuidou do meu livro ou demorou para devolvê-lo? Provavelmente vai ouvir uma desculpinha quando me pedir algo novamente;
  3. Sou adepta da compra compartilhada (já expliquei um pouco aqui ). Ou seja, junto amigos interessados em ler as mesmas obras que eu, dividimos os gastos e depois alternamos a leitura dos títulos comprados;
  4. Dou o exemplo e devolvo tudo o que pego em dia. Isso força com que a pessoa que está com o meu livro retribua o gesto.

Cadastre-se no Shereland e empreste e pegue livros emprestado com maior facilidade. A gente explica como se você clicar aqui.  

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Eles leem: Dilma Rousseff

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Você já teve curiosidade de saber qual livro está na cabeceira de um poderosão? Pois dessa vez decidimos pesquisar as predileções da presidente Dilma Rousseff.

Em entrevista a O Globo em 2010, ela havia mencionado o russo Fiodor Dostoiévski e o francês Marcel Proust como seus autores favoritos da gringa. No entanto, Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, seria a grande obra de sua vida.

"Acho inigualável. Nasci em Minas, tenho visitado muito o estado nessa campanha [presidenciável], então me vêm à cabeça muito dos livros de Guimarães Rosa, da sua linguagem inovadora, da forma como ele entendeu e descreveu a região, o povo", disse a então candidata na ocasião.

Grande Sertão: Veredas trata-se das memórias de Riobaldo, um jagunço já velhinho que está narrando suas aventuras pelo interior mineiro a alguém. A paixão do protagonista por Diadorim, um de seus colegas fora-da-lei, e o talvez pacto com o diabo são pontos altos da história. Claro que fiz aqui um resumo extremamente reducionista, pois Guimarães Rosa é muito mais do que enredo. Sua forma de contar é pura poesia e melhor parar por aqui para não revelar muito (como eu havia dito aqui, é também o meu livro favorito).

A saga de Riobaldo virou filme em 1965 e minissérie da Globo em 1985, mas muitos me disseram que não vale o tempo, pois o grande turning point do livro é logo revelados nas adaptações.

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Patricia Fernandes de Souza 14 de Abril de 2014 às 09:08

Acho que descobriu a única coisa que concordo com nossa presidentE !!!

Morte de Kurt Cobain completa 20 anos. Listamos três biografias sobre o cantor

No último sábado (5/4), a morte de Kurt Cobain completou 20 anos. Considerado por muitos a última grande lenda, é claro que o líder do Nirvana tem uma vasta biografia dedicada a ele.

Não acho que você precise ser fã de grunge para se interessar. Tanto a vida quanto a morte do astro têm elementos quentíssimos: a personalidade destoante, a genialidade artística, o casamento conturbado, o vício degradante e o suicídio sempre intrigante.

Por isso listo aqui as três biografias sobre Kurt Cobain que julgo mais interessantes. Escolha uma e boa leitura:

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Mais Pesado Que o Céu, de Charles R. Cross - Li há três anos e não exagero quando digo que esse livro tirou o meu sono. Era tão rico em detalhes, que eu me envolvia naquela leitura e depois demorava um tempo para conseguir voltar ao meu mundo. Cross levou quatro anos e se muniu de mais de 400 entrevistas (má notícia: Dave Grohl, baterista do Nirvana e ídolo do Foo Fighters, não topou falar). Está tudo lá: desde a infância introspectiva de Kurt até os últimos dias insanos. Mas o ponto é que o autor faz isso sem deixar de questionar seu biografado e as versões que este contou sobre si por aí. 

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Kurt Cobain - A construção do mito,  de Charles R. Cross - Treze anos depois de ter lançado a obra mencionada acima, o mesmo escritor vem ao público para analisar em 130 páginas como Kurt se tornou o último ícone do rock que se tem notícia. O livro acaba de chegar nas prateleiras brasileiras, e só consegui dar uma folheada. Mas garanto que lerei e, em breve, volto aqui para contar mais.

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Kurt Cobain - Fragmentos de Uma Autobiografia, de Marcelo Orozco - Lembro que, no começo da minha adolescência, sempre que tinha a oportunidade de estar numa livraria, eu corria para ler um pouco deste título. Trata-se de uma análise da vida que Kurt criou para ele mesmo nas letras do Nirvana - trecho a trecho. Para quem curte a banda, é minha recomendação mais forte.

Leia mais sobre Kurt Cobain:

Kurt era fã e fez até parceria com o escritor William Burroughs 

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A gente lê: Eleanor e Park (e acaba de descobrir que livro vai virar filme)

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Sabe quando um livro fica se oferecendo para você o tempo todo? Pois foi por isso que decidi aderir a Eleanor e Park, de Rainbow Rowell.

Eu não sabia que a obra ganhara o prêmio de "Melhor Jovem Adulto de 2013" do site Goodreads. Mas, simplesmente, comecei a receber várias indicações para lê-lo na mesma semana - vindas de formas bem diferentes.

Comprei a versão em e-book, bem mais barata, mas gostaria muito de tê-lo em papel só para poder sair emprestando. Tem muita gente que eu queria que lesse.

O enredo é básico: aparece uma menina bem esquisita e desconhecida no ônibus escolar. De cara, ela é rejeitada. Então o garoto bonzinho da turma permite que ela se sente ao seu lado só por pena. No entanto, os dias passam, e o moço percebe que sua 'parceira de assento' fica lendo seus gibis com o rabo de olho. E daí ele passa a se preocupar em virar as páginas mais devagar só para se certificar de que a novata está acompanhando tudo S2S2S2S2

Parece besta, mas juro que é a coisa mais fofa dos últimos tempos. 

Obviamente que as produtoras de cinema já entenderam o potencial da história. Ontem (3/4), foi anunciado que a DreamWorks Studios comprou os direitos do livro e vai transformá-lo num filme, que começa a ser rodado só em 2015. Já me empolguei por saber que a autora Rainbow Rowell vai ajudar no roteiro.

Bom, paro logo por aqui, porque ainda não terminei e, só de dar um Google para conseguir informações para este post, li um spoiler que não queria ter visto :/

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Miriam 4 de Junho de 2016 às 21:19

O livro é bom até você descobrir que a autora não resolveu dar um final, deixou as coisas sem explicação. E foi muita coisa.

Gabriela 8 de Junho de 2016 às 17:09

Eu gostei daquele final, Miriam!

Livraria oferece apenas Fernando Pessoa. E você: o que venderia na sua loja de uma obra só?

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Isso que é paixão: um norueguês é tão fã do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, que resolveu abrir uma livraria temporária que só oferece esse título aos clientes.

O também escritor Christian Kjelstrup arrendou uma loja por uma semana bem no centro de Oslo para difundir a obra-prima de Fernando Pessoa. 

Entre 27/3 e 2/4, o espaço também promoveu discussões sobre o autor e pocket-shows com guitarra portuguesa. "No primeiro dia vendi cinquenta exemplares, no segundo, 250. No quinto dia, o número já foi para 530", disse Kjelstrup em entrevista ao canal RTP.

Vingou! O que era pare ser uma sessão intimista de despedida na noite de ontem, transformou-se numa festa num estádio norueguês, porque a pequena livraria não comportou tanta gente: 600 pessoas. 

Ok, os números informados não são impressionantes. Mas devemos considerar que literatura portuguesa não deve ser algo muito popular entre os noruegueses.

Nunca leu Livro do Desassossego? Dá para baixar gratuitamente aqui

Agora é com vocês!

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Aproveitando o gancho, propomos aqui um desafio para vocês. Qual seria a obra do coração que você escolheria para vender em sua livraria de um livro só?

Para incentivar, dou a minha contribuição. Minha livraria ofereceria apenas Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. De puro amor, risquei tanto o meu exemplar, que alguns trechos são até ilegíveis.

Espero o comentário de vocês :)

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Rafael 3 de Abril de 2014 às 18:45

Eita. Que difícil.
Mas o que vem na minha cabeça agora é o "Eu Sou o Mensageiro", do Markus Zusak.
Tem outros livros bem legais também, mas acho esse menos conhecido, e muito legal para ninguém conhecer.