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Casa de Anne Frank revida vandalismo doando livros para o Japão :)

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O Shereland já contou que mais de 260 livros relacionados à Anne Frank foram misteriosamente encontrados rasgados em bibliotecas de Tóquio. Lembra? 

Pois a Casa Anne Frank resolveu combater o ato de vandalismo da melhor maneira possível: com generosidade. A instituição anunciou neste fim de semana que vai enviar ao Japão 3.400 exemplares do diário escrito pela garota.

Para comemorar, posto aqui uma foto do cartão-postal que comprei quando estive na Casa de Anne Frank em Amsterdã. Não se trata apenas de uma janela com vista para uma árvore qualquer. Esse foi o único contato que a menina teve com o mundo exterior durante o tempo em que viveu escondida no anexo secreto. A castanheira tornou-se então o símbolo da esperança de que dias melhores viriam.

Já leu o Diário de Anne Frank? Que tal emprestar para alguém que não conhece o livro?

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Descubra como Salvador Dalí imaginou Alice no País das Maravilhas

Nem Disney, nem Tim Burton... Para mim, a versão mais esplêndida de Alice no País das Maravilhas foi imaginada pelo muso Salvador Dalí.

Em 1969, o pintor catalão foi incubido de ilustrar a obra-prima que Lewis Carroll havia lançado praticamente 100 anos antes. O resultado foi uma gravura em quatro cores feita para a folha de rosto e mais 12 heliogravuras (uma para cada capítulo do livro). 

(Não sei nada desse tipo de coisa, então vou dar Ctrl+V na definição do Houaiss: "heliogravura - processo fotomecânico de imprimir que se serve de fôrmas impressoras em oco gravadas com uso de gelatina bicromada à maneira das placas gravadas em talho-doce. Entendeu? Bom, eu não)

Só que essa beleza toda não é muito acessível. O único exemplar do livro colocado a venda na Amazon foi vendido há alguns anos por... tcharam.... US$ 12.900. Já as gravuras ficam em Nova York, na galeria William Bennett (clique aqui e saiba como chegar lá ).

Não está rico e nem em Nova York? A gente mostra os desenhos na sequência ;)

Salvador Dalí também ilustrou Dom Quixote, mas isso é assunto para um próximo post.

Álbum

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A gente lê: A Menina Que Roubava Livros

A menina que roubava livros

Estou lendo A menina que roubava livros, de Markus Zusak.

Dei sorte de conseguir esse livro com a Gabriela (autora do Shereland), e acho que sou o sexto leitor desse livro, pois ela o emprestou para muita gente.

Há um bom tempo eu queria lê-lo, pois havia lido antes Eu sou o mensageiro, do mesmo autor, o qual gostei muito da leitura. Confesso que estou gostando menos da leitura atual, mas acho que é porque gerei muita expectativa para esse livro.

Mas se estiverem interessados, não desanimem por minha causa. Estou gostando da leitura, e quem já leu costuma recomendar.

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Gabriela 9 de Março de 2014 às 08:47

Eba! Olha meu livro aí! Bom, eu li faz tempo, mas adorei. Embora ache que seja uma leitura mais 'de menina'...

Gabriel García Marquez comemora os 87 anos cantando e distribuindo borboletas de papel

Ontem, dia 6/3, o grande Gabriel García Marquez completou 87 anos. O escritor saiu à porta da casa para cumprimentar os jornalistas e fãs que o aguardavam.

Olhem só que fofura: além de cantar a tradicional canção mexicana de aniversário (ele é colombiano, mas vive no México), Gabo pediu que sua assistente distribuísse ao pessoal borboletas de papel amarelas- sua cor favorita.

Depois de vencer o Nobel de Literatura com Cem Anos de Solidão e criar genialidades como O Amor Nos Tempos do Cólera e Relato de Um Náufrago, o autor vive recluso com a esposa. Em 2012, o irmão do escritor afirmou que jamais leremos uma nova história de Gabo. Naquela ocasião, Jaime García Marquez informou que Gabriel sofre de demência senil, não consegue mais escrever e que pode ter até destruído seus últimos manuscritos.

A derradeira obra foi Memórias de Minhas Putas Tristes, publicada em 2004.

Nunca leu o grande da literatura fantástica? Então veja qual dos seus amigos pode lhe emprestar um de seu livros :)

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Gisa 7 de Março de 2014 às 21:48

Escritor fantástico, a obra Cem anos de Solidão é realmente maravilhosa. A narrativa é toda amarrada, começo, meio e fim com uma coerência genial.

Dois contos sobre Carnaval

Ok, eu sei: o Carnaval passou. Mas como acredito que um bom texto suplanta a necessidade de estar no timing, resolvi relembrar dois dos meus contos-favoritos-da-vida que, coincidentemente, têm a folia como mote.

Será que vocês conhecem?

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O Bebê de Tarlatana Rosa, de João do Rio - Em uma roda de amigos da high-society carioca, Heitor Alencar (cheguei a ver numa resenha que este seria o prefeito do Rio de Janeiro, mas, lendo o conto, não percebi qualquer indicação sobre isso) rememora o estranho Carnaval em que, com um intenso desejo de 'acanalhar-se, enlamear-se', troca os bailes regados à champagne pelas festas públicas do Recreio.

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Durante os dias desenfreados, Heitor topa diversas vezes com uma moça fantasiada com um humilde vestido de tarlatana, um tecido fino e baratinho muito usado como forro (veja a imagem à direita). O que chama atenção na garota é um nariz postiço feito de papel que lhe cobre parte do rosto. 

Sem nada a perder, nos últimos minutos que precedem a Quarta-feira de Cinzas, o ricaço e moça finalmente se agarram em um cantinho da rua e por ali ficam na maior empolgação. Tudo vai muito bem até que Heitor decide arrancar o nariz postiço da companheira. E aí, se você não gosta de spoiler é melhor parar por aqui, que eu vou contar o melhor da história... no lugar da máscara, sobra um grande buraco cheio de algodão e sangue. Pois é, a bela 'Tarlatana' era uma moça sem nariz.

Enquanto o protagonista sente ânsia e raiva, a moça, aos prantos, pede desculpas e diz que o Carnaval é a única festa em que ela conseguia sair às ruas e se sentir uma pessoa.

O conto surpreendente foi publicado no livro Dentro da Noite, em 1910, que está sendo vendido pela editora Girafinha por uma média de 25,00. Entretanto, eu o li na coletânea Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, de Ítalo Moriconi (editora Objetiva).

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Antes do Baile Verde, de Lygia Fagundes Telles - Enquanto os blocos fervem nas ruas do Rio, Tatisa força sua empregada/faz-tudo Lu a ajudá-la a colar lantejoula por lantejoula na saia de tule que compõe sua ousada fantasia. Ambas têm compromissos e estão apressadas: Lu é aguardada pelo marido para curtir o Carnaval de rua, enquanto a patroa vai a um baile onde só é permitido entrar de roupa verde.

Mas, à medida que o conto corre, a gente percebe que a afobação das personagens quer só camuflar algo muito além da festa: o pai de Tatisa está moribundo no quarto ao lado. Tatisa e Lu são egoístas ou estão apenas querendo se proteger? Elas têm medo de perder a folia caso o homem morra ou apenas não querem se deparar com a morte? Não dá para saber.

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Depois de discutirem (e não decidirem) sobre qual das duas vai 'dar uma espiada' no doente, Tatisa e Lu correm para às ruas sem sequer finalizar o saiote de lantejoulas, deixando apenas uma luz azul acesa 'para alegrar a casa'.

O conto dá nome ao, na minha opinião, melhor livro de Lygia. A edição da Companhia das Letras é mais cara (mas lindíssima) e custa uma média de R$ 35,00. Eu também já o encontrei na coletânea Venha Ver o Pôr-do-Sol.

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