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Centenário de William Burroughs é comemorado com mostra em SP

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O eterno William Burroughs, um dos grandes expoentes da cultura beat americana, teria completado 100 anos no dia 5 de fevereiro.

Essa data especial está sendo homenageada pelo Museu da Cultura da PUC-SP com uma mostra, além de palestras e exibição de filmes em dias específicos - tudo gratuito. Os eventos começaram no dia 19/02 e vão até 21/03.

Dê uma olhadinha na programação:

Mostra de imagens, vídeos e sons (na Galeria do Museu da Cultura)
De segunda à sexta das 14h às 19h 
Ciclo de Filmes (no Auditório Paulo VI)
26 de fevereiro, às 14h30 – William Burroughs: A Man Within, de Yony Leyser
12 de março, às 14h30 – Drugstore Cowboy, de Gus Vant Sant
17 de março, às 14h30 – Naked Lunch, de David Cronemberg
Palestras (no pátio do Museu da Cultura)
19 de março, às 19h30 – Burroughs, Drogas, Sociedade de Controle - com Edson Passetti e Wander Wilson
20 de março, às 19h30 – A Atualidade de William Burroughs - com Beatriz Sicigliano Carneiro, Cláudio Willer e Rodrigo Garcia Lopes
21 de março, às 19h30 – Cut-Up Burroughs - com Acácio Augusto, Marcos Felinto, Vitor Osório e Wander Wilson
O Museu da Cultura da PUC-SP fica na Rua Monte Alegre, 984, Perdizes
Acesse o site do espaço para maiores informações  

Cinco fatos que vão atiçar sua curiosidade sobre William Burroughs:

1. O Velho Bull, como era chamado, cortou o próprio dedinho da mão esquerda. Dizem que ele fez isso para impressionar um rapaz por quem estava apaixonado. Mais tarde, escreveu um conto chamado O Dedo;

2. Mesmo sendo homossexual assumido, casou-se com Joan Vollmer e vivia muito bem com ela no México. Até que um dia, super bêbado, Burroughs tentou acertar um copo posicionado sobre a cabeça da esposa e acabou matando-a com um tiro na testa. Estudiosos dizem que foi por este acontecimento que ele passou a levar a escrita a sério;

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3. Burroughs integrava a panelinha beat junto com Jack Kerouac, Alan Ginsberg e companhia. Essa geração rompeu com todos os academicismos da literatura norte-americana da década de 40 e criou um estilo em que a regra era não ter regra. Estimulados por álcool e drogas, esses artistas disparavam fluxos de consciência, deixando para trás pontos, parágrafos e lógicas sequenciais. 

4. O autor não só escreveu uma obra a quatro mãos com Kerouac (E os Hipopótamos Foram Cozidos em Seus Tanques), como foi personagem recorrente do gênio franco-canadense. Ele é o Old Bull Lee de On The Road e o Bull Hubbard de Anjos da Desolação. Apesar de partilharem a vida junkie, Kerouac (de jaqueta na foto à direita) morre de cirrose aos 47 anos, e Burroughs (de camiseta branca) viveu até os 83.

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5.O escritor era uma inspiração para grandes nomes da música. Ele aparece na capa de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band dos Beatles (está apontado com a flecha rosa da imagem à esquerda). Era também o ídolo de Kurt Cobain. O Old Bull não quis participar do clipe Heart Shaped Box do Nirvana mesmo após o líder da banda lhe escrever uma carta inflamada. Mas, em 1993, os dois fizeram uma parceria em The 'Priest' They Called Him, em que o autor recita uma história mega sombria (e cheia de heroína), e Kurt entra com a guitarra. Ouça a seguir:

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Luara 25 de Fevereiro de 2014 às 21:52

Muito interessante esse post, conheci várias peculiaridades das quais nem imaginava.

O livro mais velho da minha estante: O Diário de Anne Frank

anne_capa.jpg

Ontem, resgatei meu O Diário de Anne Frank para escrever o post sobre os atos de vandalismo que os livros sobre a garota judia vêm sofrendo no Japão. Foi aí que percebi que esta é a obra mais velha que tenho em minha estante.

Na verdade, o exemplar pertencia à minha mãe, e eu me apossei dele. Na orelha está registrado: foi comprado em 10 de maio de 1980 e custou 180 cruzeiros. 

Durante a minha infância, ele permaneceu no rack da sala e eu abria para olhar as fotos. Mas apenas em 2008, é que chegou a minha vez de ler - e aí eu achei que tinha esperado tempo demais, deveria tê-lo feito aos 13 para entender melhor a menina Anne.

anne_dentro.jpg

Como podem ver, meu exemplar respira com a ajuda de aparelhos. Já tive que encapá-lo  e reforçar as bordas com fita crepe.

Hoje em dia, sei que existe um versão da Editora Record tida como 'definitiva', pois contém todos os textos escritos na íntegra (a versão que eu li havia sido editada pelo pai de Anne, Otto Frank).

E você? Queremos saber qual é o livro mais antigo da sua estante.

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Sonia 23 de Fevereiro de 2014 às 22:01

Eu também tenho O diário de Anne Frank que foi comprado coincidentemente em 1980, mas o meu primeiro livro foi "O meu pé de laranja lima", datado de 1978, é o mais antigo e o meu livro preferido. Até ganhei uma versao atual de presente.

Rafael 24 de Fevereiro de 2014 às 15:39

Não sei qual o livro mais velho de minha estante, pois ela é compartilhada com toda a família.
Meu livro mais velho foi comprado por obrigação da escola ("A Droga da Obediência"), mas o primeiro livro que comprei acho que foi "As Brumas de Avalon".

Taísa Esper. 27 de Fevereiro de 2014 às 23:00

Também li esse livro, muito tempo atrás . Gostei muito.

Patricia Fernandes de Souza 10 de Março de 2014 às 12:13

O meu é Cristiane F.... li a 30 anos atrás....

Mistério: livros ligados à Anne Frank são destruídos em Tóquio

anne.jpg

Desde o fim de janeiro, livros das bibliotecas públicas de Tóquio estão sendo encontrados com várias páginas rasgadas. Entre as 265 obras destruídas até agora, há algo em comum: ou são exemplares de O Diário de Anne Frank ou citam a garota judia mais famosa de Amsterdã. 

O caso ainda é um mistério e está sendo investigado pela polícia. Mas a grande preocupação é que parece se tratar de algo bem maior do que vandalismo. Lembramos que o Japão foi aliado da Alemanha de Hitler durante a Segunda Guerra Mundial e, após o fim do conflito, o Holocausto permaneceu um assunto bem abafado entre os japoneses por um tempo.

Enquanto as coisas estão tão turvas, já tem biblioteca deixando os livros relacionados à Anne Frank fora das prateleiras.

Afinal, por que Anne Frank incomoda?

anne2.jpg

A garota holandesa descreveu o seu dia-a-dia a um diário chamado carinhosamente de Kitty entre junho de 1942 (dois dias após ter completado 13 anos) e agosto de 1944. Até aí, não haveria nada de extraordinário se não fosse pelo fato de que uma parte desses escritos foram feitos enquanto Anne estava escondida no sótão de casa para não ser encontrada pela polícia nazista.

A menina, sua família e mais quatro amigos foram  traídos e entregues à Gestapo. Entretanto, quando o único sobrevivente do grupo, o pai de Anne, encontra o diário e o publica em 1947, esses simples relatos viraram um poderoso testemunho do Holocausto e de suas consequências para os judeus.

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Grace 25 de Fevereiro de 2014 às 21:24

Este livro foi um dos mais marcantes d minha vida...pq foi apartir da leitura dele q cada um dos milhoes d judeus mortos no Holocausto passaram a ter nome...vida !!!! Antes eram milhões..depois ..um...dois.........!!!!!

Giselle 25 de Fevereiro de 2014 às 21:49

Esse foi um dos primeiros livros que li. Eu tinha uns 11 anos e muito me emocionou. Conheci a historia triste da humanidade através dele.

A gente lê: O Estrangeiro

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A leitura da vez é O Estrangeiro, talvez a obra mais popular do argelino Albert Camus (confesso: achava que ele era francês).

Comprei essa edição da Record que, apesar de antiga (vem com palavras como idéia e pára), é bem mais barata do que a atual versão com capa em P&B.

Em vez de dar spoiler, vou deixar o The Cure sintetizar o enredo do livro. Esta música 'Killing an Arab' é totalmente inspirada em O Estrangeiro.

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Uau: 'As Crônicas de Nárnia' está à venda no Submarino por R$ 19,90!

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Não, este não é um post patrocinado. Mas tem coisas que devem ser compartilhadas: o volume único de As Crônicas de Nárnia está sendo vendido no site Submarino por R$ 19,90!

Trata-se da reunião dos sete livros lançados por C.S. Lewis na década de 1950:

I – O Sobrinho do Mago

II – O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

III – O Cavalo e seu Menino

IV – Príncipe Caspian

V – A Viagem Do Peregrino Da Alvorada

VI – A Cadeira de Prata

VII – A Ultima Batalha

Se você está doido para ler, corra, porque a mega oferta não deve durar para sempre (e, geralmente, este volumão custa uns R$ 100 por aí).

E que tal juntar um grupo de amigos e fazer uma compra em conjunto? A gente do Shereland sempre faz isso para poupar grana e espaço na estante.

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