Shereland, o blog

Está difícil aguentar os braços congelarem para fora das cobertas enquanto você tenta ler nessas noites de inverno? Os cobertores com manga podem ser a solução (eu tenho um antigo e adoro).

Separei cinco modelos legais e mostro onde você pode comprar pela internet.

PS: as informações do álbum abaixo podem ficar desatualizadas daqui a alguns meses, não me culpem :)

Poooonto para as meninas! A quarta edição da Retratos da Leitura no Brasil* mostrou que, mais uma vez, as brasileiras estão lendo mais do que os brasileiros.

De acordo com a pesquisa, 59% da população feminina com mais de cinco anos havia lido pelo menos partes de um livro nos três meses anteriores. Já a porcentagem de leitores entre os homens e meninos ficou em 52%.

Deixando a guerra dos sexos de lado, acho legal perceber que homens e mulheres estão lendo mais quando comparamos os resultados de 2015 com os de 2011 (o levantamento é feito de quatro em quatro anos).

PS 1: A pesquisa considera leitor o "indivíduo que leu pelo menos partes de um livro -- em papel, digitais ou eletrônicos e áudio livros, livros em braile e apostilas escolares, excluindo-se manuais, catálogos, folhetos, revistas, gibis e jornais -- nos últimos três meses"

PS 2: A Retratos da Leitura no Brasil é realizada pela Fundação Pró-Livro e executada pelo Instituto Ibope Inteligência. Foram 5012 entrevistas domiciliares entre novembro e dezembro de 2015, com brasileiros residentes no Brasil com 5 anos e mais, alfabetizada ou não.

Pense rápido: quantos livros você lê por ano? Se você respondeu mais que dois, então você está acima da média dos seus coleguinhas, vizinhos e familiares. Eehhhhh...

A Retratos da Leitura no Brasil, a mais importante pesquisa sobre hábitos de leitura do brasileiro (não deu para evitar a repetição), constatou em sua última edição que, em terras tupiniquins, estamos lendo 2,43 livros inteiros por ano - 0,42 livros a mais (o que seria 0,42?) do que em 2011, quando a pesquisa havia sido feita pela última vez.

Já quando se considera trechos de livros lidos por ano (sem a necessidade de ter concluído a obra), a média sobe para 4,9. Ou seja, é como se cada ser com mais de 5 anos desse Brasilzão tivesse aberto e lido tipo um parágrafo de 4,9 exemplares no último ano.

O gráfico abaixo tirado da própria pesquisa ilustra melhor:

Tomem cuidado na hora da interpretação, porque os quadrinhos que verificam a relação entre leitura e escolaridade e região estão considerando partes de livros, não livros inteiros.

*A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil é realizada pela Fundação Pró-Livro e executada pelo Instituto Ibope Inteligência. Foram 5012 entrevistas domiciliares entre novembro e dezembro de 2015, com brasileiros residentes no Brasil com 5 anos e mais, alfabetizada ou não.

Já que esse é um blog/site sobre livros, me sinto permitida a contar a história do empresário fitness Greg Smith, que decidiu usar seu horário de almoço do trabalho para ensinar uma moradora de rua a ler.

Tudo começou quando Greg começou a almoçar com a mulher que sempre lhe desejava bom dia quando ele passava por uma certa esquina do sul de Orlando, na Flórida. Em uma das conversas, Amy Joe contou que era analfabeta, mas que gastava o dinheirinho que ganhava nas ruas com livros didáticos. Pronto! O coração de Greg se partiu em mil pedaços, e ele decidiu usar seus intervalos de terça-feira para ensinar Amy Joe a ler.

"Eu pego um livro emprestado na biblioteca para ela, nós lemos juntos na terça e, depois, ela pratica sozinha pelo resto da semana", explicou o moço.

Desde que ele revelou essa história em um post no Facebook do dia 26 de abril, foram quase 42.000 compartilhamentos, e Greg emplacou a Fundação Amy Joe. Atualmente, Amy Joe está tentando tirar seus documentos para conseguir arrumar um lar fixo \o/

E aí a Paulinha me emprestou Tá Todo Mundo Mal, o livro da Jout Jout.

Nem todo mundo precisa entender sobre o que estou falando, então começo explicando que Jout Jout é uma moça de 25 anos que estourou graças a um canal no YouTube onde ela posta vídeos falando sobre... a vida. 

Com o sucesso, ela foi convidada a escrever um livro (fato sobre o qual ela é super honesta), e aí surgiu Tá Todo Mundo Mal, onde, por meio de textos curtos, ela conta as crises que já atravessou. A questão é que as crises não são tipo infância difícil num lar desestruturado. As crises de Jout Jout são tipo aceitação do corpo quando adolescente ou até a culpa de comprar comida demais e não ter coragem de jogar a sobra fora. É pra ser leve e divertido, pronto.

Ah, a Paulinha, que acompanha o canal, me disse que tem alguns temas bem repetidos daquelas já abordados nos vídeos. 

De qualquer forma, durante minha leitura, como de praxe, separei as frases que achei mais graciosas.

"Tudo entre nós estava errado. Inclusive o fato de termos achado coerente começar algum tipo de relação que fosse além do 'opa, tudo bom?'"

"Sofri três vezes mais, chorei sete. E claro, lidei com tudo da forma mais inadequada e desesperada possível."

'Tudo o que nosso drama emocional precisa é não ser incentivado de forma alguma"
(falando sobre piscinianos, mas acho que vale para todos os signos)

"Depois fui descobrir que não tem isso de errado, mas até chegar nesse desprendimento das modas das matinês, foi uma luta."

"O que é noção de ridículo? Eu nunca soube. Quem define esse ridículo? Como os seres humanos todos podem ter a mesma noção do que é ridículo e do que não é?"

"Na época do ensino médio, só quem queria fazer medicina é que tinha certeza do que queria fazer."

"Você quer que sua vida comece logo, quando na verdade ela já começou há mais de vinte anos."

"Não é a hora porque chega um momento  na vida em que agora nunca é uma boa hora para fazer nada que não seja muito fácil."

"porque quando vamos encarar críticas fortes temos que estar muito seguros da desconstrução que vamos fazer"

"E para a imaginação dedicada ao conforto da mente, o ser humano desconhece limites."

"As pessoas querem alguém que fale o que elas já sabem, às vezes o que precisam é do respaldo de desconhecidos para poder fazer algo a respeito."

"Quão frágil é esse amor que não resiste a uma ausência em um aniversário?"