Shereland, o blog

Primeira coisa que tenho a dizer sobre O Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares: apesar da capa macabra, este não é um livro de terror, mas de fantasia! 

Seu autor, o americano Ransom Riggs, tem o hábito de colecionar fotografias antigas vendidas em mercados de pulgas. Um dia, ele foi convidado por uma editora para utilizá-las em um especial de Halloween e aí, tcharam, nasceu a trilogia.

O primeiro livro, O Orfanato..., começa mostrando a amizade de Jacob Portman com seu avô, um judeu que vivia contando que, durante o Holocausto, havia se refugiado em um orfanato no País de Gales onde havia crianças mágicas. Os dizeres eram embasados numa série de fotografias esquisitas que esse senhor guardava, mas, à medida que cresce, Jacob para de acreditar na maluquice. Só que aí rola um incidente terrível que vai fazer o menino ir para a tal cidade em busca da verdade.

Acho que não é spoiler nenhum dizer que, assim como Harry Potter descobre Hogwarts e Percy Jackson descobre o Acampamento Meio-Sangue, Jacob descobrirá os peculiares - gente com poderes especiais, como levitação, força extrema e invisibilidade. Além das fotografias antigas da coleção de Riggs (cuja visualização ficará super prejudicada por quem optar ler no Kindle), eu diria que não há um grande diferencial. Precisei passar páginas e páginas até ver ali uma certa ação e decidi que não vou continuar a série, que também é composta por A Cidade dos Etéreos e Biblioteca de Almas (que a editora no Brasil, a Intrínseca, promete para o segundo semestre de 2016).

Ah, e claro, tem o filme do Tim Burton a ser lançado em janeiro de 2017. Acho muito que tem potencial para ser mais interessante que o livro, vejam só que trailer lindo:

Desde o post anterior, estou divulgando partes da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil 2016. Hoje, separei o conteúdo relacionado a hábitos de leitura do brasileiro de acordo com a região em que vive.

Primeiro, é importante ter em mente que, sempre que a pesquisa (e, consequentemente, meus posts), falar sobre leitores, ela está se referindo ao:

indivíduo que leu pelo menos partes de um livro -- em papel, digitais ou eletrônicos e áudio livros, livros em braile e apostilas escolares, excluindo-se manuais, catálogos, folhetos, revistas, gibis e jornais -- nos últimos três meses

Voltando ao assunto... A região sudeste é aquela com maior proporção de leitores, seguida pela centro-oeste, norte, nordeste e, por último, sul. Esta, aliás, é a única cujos leitores ainda não são a maioria da população.

Comparando os índices com os de 2014, apenas a região nordeste não teve uma expansão de leitores (mas também não teve queda).

*A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil é realizada pela Fundação Pró-Livro e executada pelo Instituto Ibope Inteligência. Foram 5012 entrevistas domiciliares entre novembro e dezembro de 2015, com brasileiros residentes no Brasil com 5 anos e mais, alfabetizada ou não.

No dia 18/5, foi divulgado o resultado da quarta edição da Retratos da Leitura no Brasil, uma pesquisa* realizada desde 2000 a cada quatro anos sobre - o nome já é meio óbvio-  nossos hábitos de leitura. Como os aspectos analisados são variados, decidi separar a pesquisa em vários e vários posts. Hoje, meu foco é quantitativo.

Nós, leitores, crescemos e já somos maioria (aplausos!) da população brasileira. Em 2015, 56% da população acima dos cinco anos de idade leram pelo menos partes de um livro (serve qualquer formato, mais exclui manuais, catálogos, folhetos, revistas, gibis e jornais) nos últimos três meses. Em 2011, esse número era de 50%. 

Já quando se compara 2007 e 2015, percebe-se que o crescimento foi de apenas de 1% nos últimos nove anos (porque caímos muito de 2007 para 2011). 

*A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil é realizada pela Fundação Pró-Livro e executada pelo Instituto Ibope Inteligência. Foram 5012 entrevistas domiciliares entre novembro e dezembro de 2015, com brasileiros residentes no Brasil com 5 anos e mais, alfabetizada ou não.

Notícia fofa da semana: a Disney vai filmar Mary Poppins Returns, a continuação do clássico musical de 1964. Eh!

Dessa vez, a babá muito louca será interpretada pela linda da Emily Blunt.

Já o roteirista David Magee, de As Aventuras de Pi, é o responsável pela adaptação dos livros de P.L. Travers. Sim, porque, entre as décadas de 30 e 80, a escritora inglesa publicou Mary Poppins e outros cinco volumes continuando a história. Aliás, dizem que a obra ganharia um fechamento, o Mary Poppins Goodbye, em que a babá morreria. Foram os fãs que, ufa, não deixaram Travers causar essa maldade!

Mary Poppins Returns está previsto para chegar aos cinemas em 25 de dezembro de 2018. Se você nunca assistiu ao primeiro filme, ele está disponível no Netflix.

Já os livros de P. L. Travers, até onde sei, apenas o primeiro foi publicado aqui no Brasil. Corre que a Amazon ainda vende a edição maravilhosa da Cosac Naify com ilustrações do estilista Ronaldo Fraga (mostrei um pouquinho do livro neste post).

Sim, estamos um pouco sumidos... Mas enquanto não conseguimos voltar com a frequência que eu gostaria, separei umas fotos da biblioteca da casa californiana da apresentadora Ophah Winfrey.

Por quê? Oras, porque quem gosta de ler adora paquerar bibliotecas alheias (mesmo que não entenda nada de decoração, tipo eu). Além disso, a Oprah é a Oprah... Ela é idealizadora do talvez Clube de Leitura mais importante da Terra e até escreveu O que Eu Sei de Verdade, um livro de memórias que minha mãe adorou.

Pronto para babar um pouco?

1. Repara nas estantes, repara na boneca em cima do sofá

2. Repara nas obras de arte espalhadas pelo ambiente. Essa escultura é de Gaston Lachaise

3. Repara na lareira <3

4. E os livros de moda?