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Eles leem: a biblioteca de Karl Lagerfeld

Karl Lagerfeld é um tiozinho icônico responsável pelas marcas Chanel, Fendi, além de uma que leva seu próprio nome. "E daí?", você, leitor sem qualquer interesse por moda, deve estar pensando. E daí que você já viu a biblioteca desse homem?

Pois é. Trata-se de uma das casas do estilista em Paris. Ah, porque ele tem duas separadas por dois metros e meio. Em uma ele dorme e desenha suas criações, na outra, ele come, recebe os convidados e admira suas estantes maravilhosas.

Mais uma foto para deixar você de queixo caído.

Reparem como a mistura meticulosa de livros organizados na vertical e na horizontal formam praticamente um desenho.

 

 

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A gente lê + Frases de Zelda Fitzgerald em Esta Valsa É Minha

Zelda e Francis Scott Fitzgerald foram um casal muito louco que acabou se tornando um dos ícones da Geração Perdida da década de 1920 (aquela representada no filme Meia Noite em Paris, do Woody Allen). No entanto, F. S. ainda conseguiu transpor a barreira da mera curiosidade em torno de sua vida pessoal: hoje em dia, ele é aclamado por O Grande Gasby, um dos maiores clássicos de todos os tempos segundos várias dessas listas de 'essenciais' que surgem por aí (inclusive esta). Já Zelda, acabou ficando conhecida como... a esposa de do Fitzgerald, o que sei ser uma grandessíssima injustiça desde que li Esta Valsa É Minha, o único livro publicado por ela.

Em 1932, a moça estava internada em um sanatório nos Estados Unidos - ao que tudo indica, era bipolar.  Então pegou um lápis e um caderno (digo isso por pura força de expressão, já que não tenho ideia de como ela escrevia) e gerou, em seis semanas, um romance com toques autobiográficos (ou seria uma autobiografia romanceada?). Nele, acomeçaremos a acompanhar a espevitada Alabama desde a infância no sul dos Estados Unidos. Filha de um juiz (assim como Zelda) e de uma dona de casa, a garota arranca suspiros (assim como Zelda) dos oficiais que haviam invadido sua cidade durante a guerra. Um desses moços será David (ou Fitzgerald?), com quem ela se casa e vai viver em NY, onde o cara está começando a fazer sucesso como pintor.

Já vale a pena ler o livro só para acompanhar o casal fictício (e imaginar até que ponto aquilo tudo rolava com o casal real), mas achei que a narrativa pegou fogo mesmo quando, já em crise com o galinhão do marido, Alabama aposta todas as suas fichas para se tornar uma bailarina, momentos que me lembraram Natalie Portman em Cisne Negro. Também gostei muito do texto de Zelda e de suas frases maravilhosas. Algumas selecionei para terminar este post:

"Essas garotas - diziam as pessoas - pensam que podem fazer qualquer coisa e ficar impunes."

"Convinha ter indicações sobre si própria para seguir adiante."

"Gosto de pagar pelo que faço... desse modo, sinto-me em dia com o mundo."

"O medo é uma questão de nervos... Talvez todas as emoções sejam."

"Esta festa é minha - ela insistiu quando a conta apareceu. - Há anos que a estou dando."

"A vida não é tão difícil quanto as profissões."

"melhor deixar cada um por si e interpretar as coisas de modo a se adaptarem aos desejos pessoais."

"Seu corpo estava tão cheio de estatística por causa do constante açoite de seu trabalho que ela não conseguia obter uma clara comunicação consigo mesma."

"Às vezes sou tola quando fico sozinha."

"Por que passamos anos gastando os corpos para alimentar as mentes com experiência, para no final descobrir as mentes voltando-se para os corpos exaustos em busca de consolo?"

Definitivamente o livro que mais gostei de ler neste começo de ano. Interessou? Cadastre-se no Shereland, adicione seus amigos e veja se algum deles disponibilizou Esta Valsa É Minha para empréstimo.

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Pai de Anne Frank agora é coautor do Diário

Como assim O Diário de Anne Frank não foi escrito só pela Anne Frank? Pois é. A Fundação que leva o nome da garota reconheceu que o pai dela, Otto Frank, também deu seus pitacos na criação dos textos (não apenas na edição, como se acreditava até hoje).

Calma, gente, isso não tira o mérito de Anne e nem da obra. No fundo, a gente já sabia que o homem deve ter dado uma bela de uma mexida nos escritos antes de publicar o texto de uma criança. No entanto, a autoria virou algo tão importante assim por uma questão puramente financeira: os direitos autorais. 

De acordo com as leis vigentes na Europa, uma obra vira domínio público setenta anos após a morte de seu autor. No caso, Anne Frank morreu em 1945, então o Diário se tornaria de todo mundo a partir de janeiro deste ano (o pessoal do Museu lá de Amsterdã já estava até preparando uma edição especial). Mas a Fundação Anne Frank sediada na Suíça, que detém os direitos do Diário, não estava a fim de sair perdendo. Reconhecendo Otto como coautor, eles estenderam o prazo para até 2047.

Uma das provas usadas para tanto foi a análise de um especialista em caligrafia, que chegou a conclusão que o "manuscrito original" só pode ter sido redigido por um adulto.

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FNAC troca ingressos usados por desconto na compra de livros

Até o dia 31/3, você pode trocar ingressos usados de eventos culturais que você foi entre fevereiro e março (como cinema, teatro, shows, exposição, concertos e museus) por 10% de desconto na compra de livros, CDs e DVDs em lojas físicas da FNAC (pelo site não vale).

Um ingresso dá desconto na aquisição de até cinco itens, e a promoção não é cumulativa (ou seja, dois tickets não geram benefício de 20%)

As lojas participantes são: FNAC Campinas, Curitiba, Goiânia, Ribeirão Preto, Pinheiros, Paulista, Morumbi, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília.

O objetivo da campanha é incentivar a vida cultural. O Shereland adorou!

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Capitu traiu Bentinho? Lygia Fagundes Telles opina - Parte 2

No ano passado, eu havia copiado aqui no Shereland um diálogo em que Lygia Fagundes Telles e Clarice Lispector especulavam se Capitu traíra ou não Bentinho, e acabavam concluindo que, sim, a moça era uma naja. Veja como Lygia reproduziu a discussão:

"Na minha primeira leitura confessei ter achado Capitu uma inocente e o marido, esse sim, um chato neurótico. Mas na segunda leitura mudou tudo, a dissimulada, a manipuladora era ela. Ele era a vítima. Clarice pediu cigarros, eram bons os cigarros colombianos? Franziu a boca e confessou que sempre duvidou da moça, Mulher é o diabo!"

Recentemente, porém, tive contato com um outro texto em que a escritora paulista muda de ideia após reler o trecho em que Bentinho recebe a notícia da morte do filho. Vejam só:

"E o nosso Bentinho, o que faz em seguida? Calmamente confessa que apesar de tudo jantou bem e foi ao teatro. Mas isso justo na noite em que ficou sabendo da morte desse moço? O homem é um monstro! ... Ah, esse cara sempre foi um neurótico. Se ao menos nessa noite tivesse apenas jantado, vá lá! mas jantar bem e depois ir pandegar? Comportamento de um perfeito psicopata".

Ambas as aspas foram tiradas de textos da Lygia. A primeira é da crônica Onde Estiveste Esta Noite, do livro de memórias Durante Aquele Estranho Chá; já a segunda vem de Rua Sabará, 400, um conto de Invenção e Memória em que a autora relembra a época em que estava escrevendo o roteiro do filme Capitu* junto com o maridão Paulo Emílio Salles. 

O problema é que Durante Aquele Estranho Chá foi publicado em 2002, dois anos depois de Invenção e Memória. Só que as duas obras são compilados de histórias escritas ao longo dos anos, portanto não dá para saber qual dos dois pareceres sobre a traição é mais recente. 

Enfim, dizem que Dom Casmurro é isso mesmo. A cada lida, uma impressão.  Eu só li uma vez e, na época, virei team Capitu :)

O roteiro de Capitu, por Lygia Fagundes Telles e Paulo Emílio Salles

Em 1968, Dom Casmurro foi adaptado (e modernizado) para os cinemas. Dirigido por Paulo César Saraceni, o roteiro do filme foi encomendado a ninguém menos que o cineasta Paulo Emílio Salles e sua esposa Lygia. A falecida Cosac Naify publicou o roteiro, que está sendo vendido por uma fortuna por aí.

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