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Se você gostou de... poderá gostar de...: site sugere escritores afins

Há alguns meses, meu amigo Jrei me passou uma das coisa mais viciantes de todos os tempo, o site Literature-Map, um sistema de inteligência artificial que sugere afinidades de estilo entre escritores de diversos cantos do mundo e diferentes épocas. (É praticamente fazer a tag "Se você gostou de... poderá gostar de...", só que automaticamente.)

Funciona assim:

- Você acessa o site clicando aqui (é bem feio, eu sei) e digita o nome do seu escritor favorito

- Tcharam! Os nomes que aparecerem mais próximos do seu autor querido são aqueles que provavelmente você vai gostar também. Ex: segundo os usuários do site, quem curte Vinicius de Moraes provavelmente curtirá muito Clarice Lispector e José de Alencar, mas também se identificará com Drummond, Caio F., etc.

O sistema usado para fazer as sugestões chama-se Gnod e foi criado por um cara de Hamburgo, na Alemanha. Há poucas informações sobre seu funcionamento, mas entendi que ele adquire conhecimento de acordo com os gostos e buscas dos usuários do site.

Claro que literatura é subjetiva e encontrei umas relações não têm nada a ver, mas vale a diversão.

Ah, no mesmo estilo, ainda tem mapa de música, filmes e artistas plásticos.
 

 

 

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A gente lê - Eu: Robô + importância das três leis da robótica na ficção científica

Até os anos 40, as estórias sobre robôs mostravam máquinas megalomaníacas subjugando humanos para tomar o poder do universo. Para Isaac Asimov, porém, os androides não precisavam ser sempre malvados. E se eles fossem retratados como parceiros, usando sua inteligência superior a favor do homem? Alguns textos escritos pelo autor russo naturalizado americano para revistas de ficção científica partiam dessa premissa e, em 1950, nove deles foram compilados, ganharam uma unidade e resultaram em Eu: Robô.

A trama se passa em 2057, quando um jornalista está entrevistando a já aposentada Dra. Susan Calvin, uma famosérrima psicóloga roboticista da empresa que, pelo que entendi, dominou a produção de máquinas pensantes durante todos os anos. Cada episódio/conto recordado pela doutora mostrará um passo da evolução dos robôs: desde os primeiros incapazes de falar, até os mais desenvolvidos, já com alta capacidade administrativa (melhor não dar spoiler). Eu diria que Eu: Robô chega a ser uma utopia.

O livro eternizou-se mesmo por causa da criação das três leis da robótica:

1ª Lei: Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal;
2ª Lei: Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos exceto nos casos em que tais ordens entrem em conflito com a Primeira Lei;
3ª Lei: Um robô deve proteger sua própria existência desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis.

São elas que resolverão os problemas apresentados em cada conto (o que, na minha opinião, os torna totalmente previsíveis). Mas, segundo a Cláu, dona do vlog Tô Lendo (sigam!) e também mestre entendidona em literatura fantástica, os postulados significam muito mais: "Quem escreveu ficção científica nos anos 60, 70, 80, 2000 leu Asimov. Tudo o que tem sobre robôs é, de alguma forma, relacionado a ele. As leis robóticas foram até 'emprestadas' da ficção científica para a ciência e são consideradas na criação de inteligência artificial".

A Cláu também destaca a escrita gostosa De Asimov: "Ele escreve de um jeito que parece que a gente tá comendo chocolate enquanto lê". Particularmente, não é uma obra que vai entrar para a minha lista de favoritos, porque, na realidade, eu não gosto de ficção científica (a mesma Cláu tinha me indicado Eu: Robô como minha última chance de gostar do gênero). Mas, ainda assim, achei legal ter a experiência de ler algo mais exato.

Existe um filme homônimo com Will Smith, mas o Rafael aqui do Shereland diz que foi uma adaptação bem infiel. Então, na dúvida, leia o livro. Você pode comprá-lo na Amazon por R$ 19,46 (até a publicação desta post) clicando aqui ou cadastrar-se no Shereland, adicionar amigos e ver se alguém tem o título para te emprestar.

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Mercado literário em 2015: brasileiros compraram mais e por menor preço

Na semana passada, foram divulgados os dados do semestre sobre vendas de livro no Brasil compilados pelo Snel (Sindicato Nacional dos Editores de Livro) e pelo Instituto de Pesquisa Nielsen.

Você pode clicar aqui para ver o material completo, mas separei os pontos que julguei mais interessantes. 

Em relação ao primeiro semestre de 2014, no primeiro semestre de 2015:

- os livros ficaram mais baratos (um exemplar custa em média R$ 37,97)
- foram vendidos mais exemplares (alta de 5,9%)
- os livros de colorir impulsionaram o mercado, representando 6% do total de exemplares vendidos no ano (é o gênero que mais cresceu)

Vejam alguns gráficos para entender melhor:

 

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Melhores frases de Mary Poppins, de P. L. Travers

Ano passado, comprei a edição maravilhosa de Mary Poppins editada pela Cosac Naify (aquela cuja ilustração ficou com o estilista Ronaldo Fraga) e resenhei aqui. Esses dias, estava folheando meu exemplar novamente e vi que destaquei algumas frases da obra de P. L. Travers. São tão boas, que vou compartilhar com vocês:

"Além disso, Mary Poppins era muito vaidosa e gostava de estar vestida sempre da melhor maneira possível. Assim, ela tinha a certeza de nunca se parecer com nenhuma outra pessoa."

"Então ela sorriu para o sapato de tal jeito que até o sapato perceberia que o sorriso não era por causa disso."

" - Mas será que vocês não sabem - ela disse, passivamente - que cada um de nós tem a sua própria Terra das Fadas?"

" Sempre considerei inapropriado dançar, mas deixei isso de lado desde que me tornei dançarina."

" Você não acredita que apenas uma estrela tenha caído do céu, não é? Bilhões caem todas as noites, estou lhe dizendo. Mas elas caem em lugares diferentes, claro. Não espere que duas estrelas caiam na mesma campina no tempo inteiro de uma vida."

" - Você - ela começou - saiu da cama do lado errado hoje de manhã.
Não saí! Não existe lado errado na minha cama!
- Toda cama tem um lado certo e um lado errado - disse Mary Poppins, empertigada."

" pode ser que comer e ser comido seja a mesma coisa, afinal. Minha sabedoria me diz que é muito provável que sim. Somos todos feitos da mesma matéria, lembre-se, nós da Selva, vocês da Cidades. A mesma substância nos compõe, a árvore logo acima, a pedra debaixo de nós, a feiura, a beleza. Somos um só, todos rumando para um mesmo final."

Curtiu? Cadastre-se no Shereland, adicione amigos e veja se algum não tem o livro para te emprestar.

Acesse Mary Poppins na Amazon

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Resenha negativa e com spoilers de Quem é Você, Alasca?, do John Green

O título é direto porque eu não consegui gostar de Quem É Você, Alasca? do John Green ou achar uma lista de "motivos para ler". Então vou resumir um pouquinho da obra e expressar comentários.

SPOILERS! Atenção.

1. Personagens

Miles: O narrador do livro é um garoto bobo e nerd, que vai morar em dormitórios de uma escola em outra cidade porque está entediado.  É fanático por “últimas palavras” de pessoas famosas (o que é legal), mas isso não faz nada além de um misteriozinho na capa do livro.

Alasca: Uma garota feminista (isso é legal), de personalidade forte, de lua (OK), ela é super segura de si  mas não gosta de ir para casa por um segredo misterioso que você não vai ver muito desenvolvido já que ela... bom, vamos falar disso depois. O autor enfatiza que ela “curte a vida”, namora, fuma, bebe, é livre e... daí? Bom, ela só influencia o menino novo a fazer isso também e ele se apaixona, porque ela é, na descrição do narrador, “linda, pequena e gostosa” (Uau.).

Coronel: é o amigo-do-protagonista-e-da-Alasca. Sua função no livro é dar momentos extremamente entediantes que eles chamam de “trote”. É, eles pregam peças bem bobas nos coleguinhas do colégio e você tem que ler sobre elas.

Takumi: é o amigo japonês. Só.

Lana: uma gringa, serve para ser a namorada-do-narrador-que-ele-fica-só-para-preencher-o-vazio-pois-não-pode-ter-a-Alasca. Mas nenhuma discussão sobre isso.

Acabou. Tem até outros personagens, mas eles só servem para seguir com uma ou duas ações. Você não tem por que se preocupar com eles.

2. A história (Todo o resumo com spoilers)

Primeira parte do livro chama "Antes", então você já sabe que alguma coisa vai acontecer. Toda ela é cheia de alegria, energia: menino novo entra na escola, não tem amigos. Faz um amigo engraçadinho que odeia os populares do colégio e prega peças neles. Conhece garota linda dos sonhos, mas que tem namorado e não o trai. Aprende a fumar, beber e ser “v1d4 lok4” com os amiguinhos e, cheio de hormônios, arruma uma namoradinha, sem esquecer o amor platônico.

Cem páginas de trotes armados e nomes de livros de outros autores para despertar o interesse pela leitura de jovens e desenvolver a história em volta de uma obra em especial (a da vez é O General em Seu Labirinto, de Gabriel García Márquez).

Você não sabe nada sobre a Alasca, vê uns miquinhos do personagem principal e suas tentativas de descobrir “Como podemos sair desse labirinto”. O garoto principal já “ama” a menina com toda as forças. E aí você se pergunta quando será revelado o segredo dessa menina.

Aí eles bebem muito, cada um conta uma história do melhor dia de suas vidas e o pior. Alasca conta que o melhor foi ir ao zoológico, o pior foi o dia seguinte, quando a mãe teve um aneurisma, mas ela não conseguiu chamar a ambulância e o pai a culpou por isso (Muito interessante mesmo. Mas desenvolvido de forma péssima).

Finalmente eles se beijam. Daí ela liga para o namorado e do nada sai de casa, bêbada e vai dirigir. Ninguém a impede e ela morre. Fim da parte 1.

Chega o "Depois". Essa ideia de dividir o livro foi legal.

Então os amigos tentam identificar por que ela morreu. Pensam em suicídio (o que realmente teria sido uma ideia interessante, sobre como não prestamos atenção nas pessoas ao redor, já que ela  estava com um problema sério), mas ela nunca falava em morte ou tinha os sintomas apontados (teria sido legal se eles descobrissem então que ela tinha dado os sinais possíveis). Aí eles concluem que ela lembrou que era o dia de levar flores para o túmulo da mãe. E foi isso que ela foi fazer (até que é interessante, mas mal desenvolvido). E é só.

 Descobrem que o “labirinto” é o sofrimento. A namorada-coadjuvante do principal se afasta dele sem brigas, compreendendo a dor de todos. Ele e o amigo ficam depressivos durante umas 20 páginas e depois o tempo passa e ele lembra dela com carinho.

FIM.

3. Conclusão

Depois de A Culpa é das Estrelas, fui ler o livro achando que o autor poderia criar personagens reais e completos. A história não é 100% horrível, mas é mal desenvolvida. Você fica o tempo todo esperando algo acontecer e, quando acontece, é rápido e para mim foi muito difícil de me importar com a personagem. Claro que é triste, de certa forma chocante para o leitor jovem-adulto descobrir que as pessoas morrem e as próximas delas também, em um segundo. Mas foi um pouco fraco. Com certeza em um roteiro de filme ficaria mais dinâmico e melhor de ser lido.

Descontos ficam porque é o primeiro livro do John Green, publicado em 2005. Ou seja: ele aprendeu e evoluiu bastante até A Culpa é das Estrelas.

Até fico curiosa para ver o que tem no meio do caminho. Mas o início não é bom.

Está nervoso comigo? Relaxa. Por quê!? Vou doar meu livro 'Quem é Você, Alasca?' para você! :) Como? É só clicar aqui e seguir as instruções na nossa fanpage.

 

 

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4 Comentários

Edson Chaves Souto 22 de Julho de 2015 às 06:11

Participando

Boa 28 de Junho de 2016 às 21:25

Gostei muito da resenha !! Achei ela bem interessante ! E gostaria de saber os seus 3pontos positivos e os 3negativos do livro (em si ) ...

Lucas 8 de Novembro de 2017 às 12:04

Boa resenha e entendi seu ponto de vista, mas tem algumas coisas que você falou que está fora do contexto, Como por exemplo citar que a Alasca nunca falava de morte. Muitos diálogos dela estavam relacionados com a morte, como o que ela fumava para morrer e falava que sua vida era infeliz e a depressão dela é uma coisa muito explícito e é impossível não perceber.

Maria Julia 23 de Outubro de 2018 às 20:41

Eu gostei da resenha, mas acho que voce deixou de fora o principal ponto e a principal reflexao da obra. Esse livro vai muito alem de uma busca pra saber se a Alasca se matou ou nao, ele retrata e fala sobre o valor e o sentido da sua vida, por exemplo, para Alasca o sentido da vida dela e o sofrimento o “labirinto de dor”, ja para coronel e a vinganca (referencia a Mobby Dick). Ou seja, o sentido da vida e pessoal e cada um tem o seu, cada um tem a sua resposta, e nao adianta ficar se perguntando se foi acidente ou suicidio, pois existem argumentos para sustentar as duas ideias, logo nao e a questao levantada por Green. A resposta que Miles achou para essa pergunta foram apenas mais perguntas, o Grande Talvez, e na minha opiniao esse e o principal ponto da narrativa, a sua busca pessoal pelo sentido da vida. “So sei que nada sei”- Socrates