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Mapa das bibliotecas públicas brasileiras

Na última terça-feira (28/7), o Ministério da Cultura lançou esse moderníssimo mapa das bibliotecas brasileiras. A plataforma mostra por onde e como estão espalhadas as 6.021 instituições públicas, municipais, estaduais ou comunitárias que foram previamente cadastradas no sistema nacional, o SNBP.

Cada biblioteca é, no mapa, uma bolinha rosa com um ícone de prédio. Ao selecionar qualquer uma delas, serão exibidos seu nome, endereço, área de atuação e se tem acessibilidade. No futuro, os gestores de cada instituição poderão adicionar mais dados, como acervo e agenda. Super legal, né?

O que está esperando para ver qual é a biblioteca mais próxima de você e ir correndo fazer sua carteirinha?

Acesse o site clicando aqui.

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Frases e versos de Matilde Campilho em Jóquei

Pelo menos por essas redondezas onde cantam os sabiás, a portuguesa Matilde Campilho é a nova musa da literatura. Seu livro de estreia, Jóquei, foi o mais procurado e vendido na Flip deste ano - isso depois da poeta ter participado de uma mesa e deixado público e imprensa embasbacados.

Eu comprei um exemplar (está R$ 34,00 na Amazon) para mim e consegui entender o burburinho logo com os primeiros poemas. Não sei se é o jeito casual de escrever (alguns poemas são tipo crônicas), a identificação com os temas (Matilde é de 1982 e fala até de Cristiano Ronaldo nos textos)... só sei que ler Jóquei foi uma experiência bonita.

Selecionei as frases e os versos preferidos, vejam só:

"então acho que o amor é o contrário do fim."

"No que depender do amor, para além da paixão e para além do desejo: ninguém mais se afogará."

"Quando não pude mais com o silêncio escutei as canções."

"Já não sei o que acha o brasileiro porque hoje eu acho que brasileiro ou argelino são precisamente a mesma coisa: tudo o que respira, brota."

"Algumas histórias têm a duração exata de uma música de rock, outras se dividem em cantos. No intervalo dá para comprar pipocas."

"Afine diariamente a pontaria e reze para que nunca seja necessário o disparo."

"Acho que a rispidez é um punhal rasgando sulcos de ternura."

"Seja como for o amor ainda me faz bastante fome."

"Cuidado rapaziada,
tenham atenção a esse nó
que acontece no estômago
no preciso momento em que
esperam por vosso amante
na pracinha junto à igreja.
Ou é úlcera ou é amor."

"já chega de se increver
nesse campeonato do desapego
você sempre perde já deveria saber"

"acho que, quando a gente telefona
fora de época, é porque está dando
uma ligadinha para o passado. não
para a pessoa realmente."

"E apesar dos bofetões
Do tempo invertido
Apesar das visitas
Breves do pavor
A beleza é tudo
O que permanece"

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Patrícia Drumond 5 de Outubro de 2016 às 14:40

Matilde é simplesmente genial.

João 25 de Dezembro de 2022 às 12:53

Poesia sem profundidades que tocam em nossas águas rasas sem criar ondas que possam nos impulsionar a sair de onde não queremos sair.

Se não me sangra, não vai fazer diferença no que eu penso sobre nada.

A gente lê: Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie

Os discursos que Chimamanda Ngozi Adichie tem feito por aí já viraram história - até Beyoncé usou trechos de Sejamos Todos Feministas (falei sobre ele aqui) em sua música Flawless. Mas o que achei lendo Americanah é que os romances da escritora nigeriana, por mais que sejam ficção, também têm um alto poder de demolição. Sim, porque seja enquanto está falando em uma conferência ou enquanto está escrevendo, Chimamanda vai colocar sua cabeça para dar piruetas.

Publicado em 2013, Americanah começa descrevendo a ida da personagem principal, Ifemelu, a um cabeleireiro para trançar seu cabelo afro. Ela está nos Estados Unidos há quinze anos, mas vai largar o blog bem-sucedido e o namorado para voltar para o país natal, a Nigéria. Agora me respondam rápido: quando é que vocês viram uma personagem cuidando de seu afro? Aliás, quando é que você viram uma negra africana ser a protagonista da história? (Um estudo do perfil dos personagens brasileiros constatou que dos 258 livros analisados, apenas três tinham protagonistas mulheres e negras).

Voltanto à trama, ela será em boa parte contada em flashbacks que explicarão as diversas etapas da vida de Ifemelu. Até uns vinte anos, a personagem viveu feliz e contente na Nigéria, com uma boa situação financeira (pelo menos até o pai ser demitido de um cargo público), um namorado galã e a oportunidade de estudar em uma universidade legal. Só que a instituição vivia em greve e, por isso, a moça se inscreve (e ganha) uma bolsa de estudos para estudar nos Estados Unidos.

Percebam que Chimamanda não coloca nenhum africano subnutrido se atirando no mar para chegar à Europa. O que ela cria são jovens lendo Sidney Sheldon, ouvindo Toni Braxton e que, por causa da instabilidade política (não da pobreza), escampam do país para buscar uma formação, "apenas famintas por escolha e certeza",

Chegando na terra do Tio Sam, Ifemulu descobrirá algo até então inexistente para ela: a questão racial (Chimamanda usa o termo 'raça', não etnia) e, então, a personagem abre um blog onde tentará explicar os tabus dos negros americanos para os negros não americanos. 

A partir daí, os capítulos do livro serão quase todos encerrados com trechos de posts fictícios tão sensacionais como este que copiei abaixo:

"Raça não é genótipo; é fenótipo. A raça importa por causa do racismo. E o racismo é absurdo porque gira em torno da aparência. Não do sangue que corre em suas veias. Gira em torno do tom da sua pele, do formato do seu nariz, dos cachos do seu cabelo."

Se você é daqueles que acham que a gente vive numa democracia racial, já vou logo avisando que é possível que se sinta incomodado em alguns momentos da leitura, porque provavelmente se reconhecerá em alguns maus exemplos. (Ou vai dizer que você nunca usou termos como "racismo invertido" ou "o discriminação está na cabeça"?) Relaxe e aprenda.

Quem ler as descrições da contracapa do livro terá a impressão de que Americanah é uma história de amor. Até pode ser, já que a trajetória de Obinze - aquele namorado que Ifemelu deixou na Nigéria - também será extremamente importante para a obra. Mas esse enfoque do enredo foi o que menos gostei e até me irritou em certos momentos.

Outra coisa é que, desde que terminei o livro, ando buscando de maneira meio frenética entrevistas com a autora, porque fiquei com muita curiosidade para saber o quanto de Chimamanda é Ifemelu. Pelo que pesquisei, aos 19 anos, a escritora também deixou o país por uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, permaneceu lá por quatro anos (muito menos que a personagem ), estranhou a questão da raça e voltou para o país natal. Hoje em dia, Chimamanda se divide entre América e África. Filha de um pai professor, ela cresceu no campus da Universidade da Nigéria, característica que quem 'herdou' foi Obinze. Então, acho que, no fundo Americanah, é uma estória com uns traços de memória.

Se interessou? O livro está custando R$ 35,91 na Amazon (até a publicação deste post), ou você pode se cadastrar no Shereland, adicionar amigos e ver se nenhum deles tem Americanah para te emprestar.



 

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#aletradaspessoas : compilamos dedicatórias feitas pelos maiores escritores brasileiros

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Frases e citações de Carlos Drummond de Andrade em Fala, Amendoeira

Você sabia que Carlos Drummond de Andrade era também um ótimo cronista? Os melhores textos que o mineiro escreveu para o jornal Correio da Manhã de 1954 a 1957 foram reunidos no livro Fala, Amendoeira, sobre o qual opinei um pouquinho aqui.

Como é de praxe, compartilho com vocês minhas frases favoritas:

"as estantes veneráveis não devem ser luzidias."

"de azul-claro e rosa devíamos todos revestir uma fração de nossa vida, já que não é possível pintá-la completamente de cores tão puras."

"o verdadeiro sentido das palavras não está no dicionário; está na vida, no uso que delas fazemos."

"dois corpos podem ocupar o mesmo lugar no espaço, desde que seja num micro-ônibus."

"Não te rebaixes a falar mal do Carnaval que já não te procura."

"Basta o exercício de viver, para nos desprender capciosamente da vida, ou, pelo menos, para entrelaçá-la de tal jeito com a morte, que passamos a sentir essa última como forma daquela"

"Do mal que a nós mesmos nos inflingimos, reduzindo nosso amor ao limite do possível."

Acesse Fala, Amendoeira na Amazon ou cadastre-se no Shereland e inclua o livro na sua wishlist literária.

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