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O sueco Stieg Larsson está morto e enterrado há dez anos, mas a continuação da sua obra está sendo escrita. Hein???

Isso mesmo! A trilogia Millenium - composta por Os Homens Que Não Amavam as Mulheres , A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar - vai ganhar um quarto integrante muito em breve chamado Det som inte dödar oss, o que pode ser traduzido como O que Não Mata Você (mas em inglês chamará The Girl in the Spider’s Web ou A Garota na Teia de Aranha). Vejam a capa americana na imagem à esquerda.

O texto foi escrito pelo também jornalista sueco David Lagercrantz, que ganhou total liberdade de criação do pai e irmão de Larsson, detentores dos direitos autorais do escritor.

Já a companheira do autor, Eva Gabrielsson, nunca concordou com a continuação. Ela diz que Larsson chegou a começar a quarta obra, mas que ela não vai tornar as 200 páginas de rascunho públicas. 

Eva e Larsson ficaram 32 anos juntos, mas nunca se casaram, por isso ela não tem influência sobre o espólio.

A morte polêmica de Stieg Larsson

Stieg Larsson morreu aos 50 anos de um ataque cardíaco após subir sete lances de escada. Na época, acreditava-se em um assassinato, já que, em seu trabalho como jornalista, ele denunciou muita gente importante (tipo seu protagonista  Mikael Blomkvist mesmo ;] ). A hipótese foi descartada após investigações.

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Ontem (31/3), exatamente no que pensávamos ser o 70º aniversário de morte de Anne Frank, o instituto Casa Anne Frank lançou uma bomba: estávamos errados o tempo todo sobre esta data. 

Uma nova pesquisa da Cruz Vermelha com documentos e testemunhos do campo de concentração Bergen-Belsen revelaram que Anne e a irmã Margot contraíram tifo no final de janeiro e, por isso, não teriam conseguido sobreviver mais que dez dias. Sendo assim, apesar de não precisarem um dia, passarão a considerar que as garotas judias partiram no mês de fevereiro de 1945. 

Cadastre-se no Shereland e coloque o Diário de Anne Frank na sua lista de livros para ler. 

E eu li A Queda, de Albert Camus...  O difícil foi não sair marcando o livro inteiro, de tanta citação boa. 

"O estilo, como a popeline, dissimula muitas vezes o eczema."

"Uma só frase lhe bastará para definir o homem moderno: fornicava e lia jornais."

"À noite, nunca passo numa ponte. É uma consequência de uma promessa. Suponha, enfim, que alguém se atire à água. De duas uma, ou o senhor o segue, para retirá-lo e tempo de frio arrisca-se ao pior, ou o abandona, e os mergulhos retidos deixam, às vezes, estranhas cãibras."

"Tratava-se, repare bem, de algo bem diferente da certeza em que eu vivia de ser mais inteligente do que todo mundo. Tal certeza, aliás, é consequência, pelo fato de ser compartilhada por tantos imbecis."

"É preciso que algo aconteça, eis a explicação da maior parte dos compromissos humanos. É preciso que algo aconteça, mesmo a servidão sem amor, mesmo a guerra ou a morte. Vivam, pois, os enterros!"

"Quando deixava um cego sobre a calçada onde eu o tinha ajudado a aterrisar, saudava-o. Evidentemente, esse cumprimento não lhe era destinado, ele não o podia ver. A quem, pois, se dirigia? Ao público."

"Achavam que eu tinha um certo charme, imagine! Sabe o que é isto: uma maneira de ouvir sim como resposta, sem ter feito uma pergunta clara."

"Não é verdade, afinal, que eu nunca tenha amado. Tive na minha vida pelo menos um grande amor, de que fui sempre eu o objeto."

"Para deixar de ser duvidoso é preciso, pura e simplesmente, deixar de ser."

"não podemos afirmar a inocência de ninguém, ao passo que podemos afirmar com segurança a culpabilidade de todos. Cada homem é testemunha do crime de todos os outros"

"A verdade, como a luz, cega. A mentira, ao contrário, é um belo crepúsculo"

Não havia nada que desse mais prazer a Jean-Batiste Clamence do que ajudar os outros - tanto que ele fez sua carreira como advogado de defesa dos pobres. Bonito, rico e envolvente, ele era o maioral. Até o dia em que, caminhando sozinho numa noite à margem do Sena, ele vê uma pessoa perturbada olhando o rio. Pouco depois, nosso protagonista escuta o tchibum e, vendo que a área estava vazia de espectadores, não faz nada para resgatar o suicida. 

Ele ajudava os outros para ajudar os outros ou para mostrar aos outros outros que ajudava os outros? A partir da revelação de sua hipocrisia, ele entra em decadência. Ou seja, a queda física da moça leva à queda moral de Jean-Batiste.

O romance A Queda, de Albert Camus, é um monólogo - portanto não espere ação! - em que um cara em crise profunda revela todos os seus podres. Quer dizer, todos os nossos podres, pois o personagem usa suas falhas de caráter para apontar a engrenagem toda a sociedade.

Publicada em 1956, a obra é um conto que cresceu demais. Sim, Camus a incluiria numa coletânea, mas, no fim, deu numa novela amargurada e irônica de 111 páginas que dá pra ler em um dia (mas talvez leve anos para ser digerida).

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Vocês viram a última da J.K. Rowling? Em 2007, a autora havia afirmado que "sempre vira Dumbledore como gay". Anos se passaram, e parece que alguns fãs de Harry Potter ainda não se conformam, pois, nesta semana, uma internauta enviou um tuíte para a autora contestando o fato:

"Eu me pergunto por que você disse que Dumbledore é gay, porque eu não consigo enxergá-lo desse jeito".

A resposta da criadora de Harry Potter merece ser printada:

(Traduzindo: "Talvez porque pessoas gays se pareçam com... pessoas?")

Até agora, essa resposta foi retuitada 19 mil vezes e levou 25 mil curtidas, mas o mais fofo é que J.K. saiu em defesa da garota que fez a pergunta, impedindo que ela fosse muito humilhada.