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A gente lê: a biografia Jack Kerouac King of The Beats, de Barry Miles

keroauc-king-of-the-beats.pngQuer saber mais sobre o mito Jack Kerouac? Muito simples, leia os livros escritos por ele. Seus textos são memoriais não só sobre a própria vida, como dos amigos, muitos deles escritores. No entanto, se você (como eu) está curioso pelas fofocas ("Keroauc pegava o Neal Cassady?", "era apaixonado pela mãe?", "era racista e homofóbico?") recomendo com ressalvas Jack Kerouac King of the Beats, biografia em que o inglês Barry Miles não poupa nada. Nada mesmo.

Quando  a obra foi escrita na década de 1990, já sobravam poucas testemunhas que haviam convivido de fato com Kerouac - morto em 1969, aos 47 anos, em decorrência de uma cirrose. Ainda assim, Barry Miles falou com gente do naipe do poeta Allen Ginsberg e Carolyn Cassady. O resultado é uma biografia que contempla bem desde a infância de Kerouac na pequena Lowell até seu triste e alcoólico fim. De lambuja, ainda conta a história da fundação do beat e explica por que Kerouac terminou praticamente renegado pelo movimento.

Se quiser saber mais sobre Kerouac, acesse a área de autores do Shereland clicando aqui. 

O porém do livro é o tom do autor. De uma maneira quase agressiva, Barry Miles repete o quão Kerouac era machista, insensível, oportunista e coisas do tipo - características que, lendo os livros do escritor, não acho tão evidentes. Não estou dizendo que eu esperava uma biografia chapa-brancam mas acho que é possível revelar todos os podres do biografado sem julgamentos - Ruy Castro no maravilhoso Estrela Solitária está aí para provar isso. 

Para você que ficou curioso, cadastre-se no Shereland e veja se algum de seus amigos tem a obra para te emprestar. 

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Por que preferi ver o filme do que ler Insurgente?

Adaptações de obras para o cinema sempre são polêmicas e é inegável que muito conteúdo se perde ou muda o sentido. Mas no caso do filme da sequência de Divergente, acho que eu preferi as telonas porque cortou toda a parte chata do livro. Mesmo mudando coisas importantes da trama. 

Por que ler:

- Outras facções

O mundo é bem melhor explorado e você pode entender mais das outras facções para escrever melhores fanfics... quero dizer, para complementar sua leitura.

- Ação

Inegável que a sequência de Divergente tem menos calmaria e é bem dinâmico. Bastante ação, tiro, correria. Ganhou pontos.

- História envolvente

Como tem um mistério pendente desde o primeiro, é neste que você quer saber de uma vez por todas por que aquele monte de coisa aconteceu na Abnegação. O livro 2 é o climax da história (e vou dizer por que depois na resenha de Convergente).

- Soros e simulação

Continua sendo muito legal essa ideia de ter soros para controlar as pessoas. Seja o da verdade ou o soro utilizado pelo pessoal da Amizade. Pelo conceito vale ler para imaginar como você se sairia nessa.

Por que ficar longe do livro:

- MUITAS mortes

Verônica Roth se empolgou nesse livro e resolveu matar pessoas em uma roleta russa. O problema é que elas pouco tem importância e não têm uma morte muito épica. É geralmente assim:

"Oi, sou Ana, da Audácia"

"Ana era linda, tinha cabelo ruivo. Nós corremos juntas"

10 páginas depois

"Ana levou um tiro e eu quis ficar para ajudar, mas ela me mandou seguir"

- Personagens fracos

"Quem é você mesmo?". É muito difícil lembrar os nomes dos personagens que se foram e mesmo os pobres-coitados que sobreviveram ao primeiro livro, agora começam a mostrar que só estão seguindo a maré da história, mas nenhum tem uma personalidade de fato. Para compensar as mortes anteriores, a autora simplesmente agrupa personalidades dos falecidos em novos personagens.

- Tris muito chata

Como um relacionamento normal, o encanto inicial e romantismo do primeiro livro vira uma D.R. desenfreada. Fiquei um pouco impressionada com o próprio Tobias dando uma de criatura de 13 anos e dando piti digno de vergonha alheia em alguns momentos. 

- Protagonista sem noção

Você tem uma facção inteira com armas e preparo ao seu lado e o vilão diz que quer que alguém se entregue ou vai matar as pessoas. Você:

1) arma uma emboscada com seu time, mesmo fingindo que se entregou
2) apenas dá um jeito de parar as mortes, como, por exemplo, vigília
3) negocia com o vilão
4) se entrega de peito aberto, sem ter noção do que ele quer com você ou se ele realmente vai parar de matar os outros e não avisa ninguém do seu grupo só pra atrapalhar todo mundo e mostrar como você é imatura?

Pois é.

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Gregorio Duvivier e Matilde Campilho declamam 'Você é a última dos moicanos no pacote'

Entre 10 e 15 de abril, a Livraria Cultura Shopping Iguatemi, em São Paulo, promoverá a segunda edição do evento Minha Língua, Minha Pátria, que une escritores portugueses e brasileiros.

A programação completa está no site da Livraria Cultura, mas o que me interessou mesmo foi esse vídeo fofo em que o bombadíssimo Gregorio Duvivier (poeta, colunista da Folha, ator e um dos criadores do Porta dos Fundos) declama uma poesia de sua autoria junto com a poeta gringa Matilde Campilho (que também estará na Flip deste ano).

O poema Você é a última dos moicanos no pacote está no livro Ligue os Pontos .

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Eles leem: Taylor Swift

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Taylor Swift participou de um projeto-gracinha e conversou sobre suas experiências literárias com estudantes.

"Eu não seria uma compositora se não fossem pelos livros que eu amei. Ler treina a imaginação para pensar grande, além do que você sabe e vê", disse a cantora.

Ela foi perguntada sobre suas personagens femininas favoritas e, além de Hermione (de Harry Potter) ela citou mais duas garotas fortes: 

  • Estela, de A Extraordinária Garota Chamada Estrela (Jerry Spinelli) 

Neste YA, uma novata chama a atenção dos colegas da escola por ser muito estranha. "Não importa o quanto caçoem dela, ela continua sendo ela mesma", opina Taylor Swift.

  • Hazel, de A Culpa É das Estrelas (John Green)

"Ela é inteligente, sarcástica e tão auto-consciente", avalia a cantora sobre a protagonista do drama de dois jovens que lutam contra o câncer.

Se quiser assistir à entrevista completa (em inglês, sem legenda), clique aqui. 

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A gente lê: Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século

Geralmente, escrevo um bocado sobre o livro que acabei de ler, mas, desta vez, o título da obra já é autoexplicativo, são Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século (XX), oras.

Com organização do professor Italo Moriconi, a seleção tem de tudo: de Machado a Veríssimo, de Lima Barreto a Hilda Hilst. Só não tem Guimarães Rosa, por conta de direitos autorais :(

Os contos estão divididos por décadas, acho mais gostoso ler na ordem e ir percebendo a evolução e preocupações dos escritores de cada tempo.

Listei todos os contos e autores inclusos na coletânea, pois, dessa maneira, você pode procurá-los até na internet.

cem-melhores-contos-brasileiros-do-seculo.jpg

  1. Pai Contra Mãe, de Machado de Assis
  2. O Bebê de Tarlatana Rosa, João do Rio
  3. A Nova Califórnia, de Lima Barreto
  4. Dentro da Noite, João do Rio
  5. A Caolha, Júlia Lopes de Almeida
  6. O Homem Que Sabia Javanês, de Lima Barreto
  7. Pílades e Orestes, de Machado de Assis
  8. Contrabandista, de João Simões Lopes Neto
  9. Negrinha, de Monteiro Lobato
  10. Galinha Cega, de João Alphonsus
  11. Gaetaninho, de Alcântara Machado
  12. Baleia, de Graciliano Ramos
  13. Uma Senhora, de Marques Rebelo
  14. Viagem aos Seios de Duília, de Aníbal Machado
  15. Peru de Natal, de Mário de Andrade
  16. Nhola dos Anjos e a Cheia de Corumbá, de Bernardo Élis
  17. Presépio, de Carlos Drummond de Andrade
  18. O Vitral, de Osman Lins
  19. Um Cinturão, de Graciliano Ramos
  20. O Pirotécnico Zacarias, de Murilo Rubião
  21. Gringuinho, de Samuel Rawet
  22. O Afogado, de Rubem Braga
  23. Tangerine-Girl, de Rachel de Queiroz
  24. Nossa Amiga, de Carlos Drummond de Andrade
  25. Um Braço de Mulher, de Rubem Braga
  26. As Mãos de Meu Filho, de Érico Veríssimo
  27. A Moralista, de Dinah Silveira de Queiroz
  28. Entre Irmãos, de José J. Veiga
  29. A Partida, de Osman Lins
  30. A Força Humana, de Rubem Fonseca
  31. Amor, de Clarice Lispector
  32. Gato Gato Gato, de Otto Lara Resende
  33. As Cores, de Orígenes Lessa
  34. A Máquina Extraviada, de José J. Veiga
  35. O Moço do Saxofone, de Lygia Fagundes Telles
  36. Feliz Anizersário, de Clarice Lispector
  37. O Homem Nu, de Fernando Sabino
  38. O Vampiro de Curitiba, de Dalton Trevisan
  39. A Mulher do Vizinho, de Fernando Sabino
  40. Uma Galinha, de Clarice Lispector
  41. Menina, Ivan Ângelo
  42. A Caçada, de Lygia Fagundes Telles
  43. O Burguês e o Crime, de Carlos Heitor Cony
  44. Uma Vela Para Dario, de Dalton Trevisan
  45. Passeio Norturno - Parte I e II, de Rubem Fonseca
  46. A Morte de D.J. em Paris, de Roberto Drummond
  47. Aí Pelas Três da Tarde, de Raduan Nassar,
  48. Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
  49. O Elo Partido, de Otto Lara Resende
  50. A Estrutura da Bolha de Sabão, de Lygia Fagundes Telles
  51. O Peixe de Ouro, de Haroldo Maranhão
  52. Gestalt, de Hilda Hilst
  53. Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca
  54. Correspondência Completa, de Ana Cristina Cesar
  55. Fazendo a Barba, de Luiz Vilela
  56. Sem Enfeite Nenhum, de Adélia Prado
  57. A Balada do Falso Messias, de Moacyr Scliar
  58. La Suzanita, de Eric Nepuceno
  59. Porque Lulu Bergantim Não Atravessou o Rubicon, de Josê Cândido de Carvalho
  60. A Maior Ponte do Mundo, de Domingos Pellegrini
  61. Crítica da Razão Pura, de Wander Piroli
  62. A Porca, de Tânia Jamardo Faillace
  63. O Arquivo, de Victor Giudice
  64. Guardador, João Antônio
  65. O Vampiro da Alameda Casabranca, de Márcia Denser
  66. Um Discurso Sobre o Método, Sérgio Sant'Anna
  67. Idolatria, Sérgio Faraco
  68. Hell's Angels, de Márcia Denser
  69. Bar, de Ivan Ângelo
  70. Aqueles Dois, de Caio Fernando Abreu
  71. Intimidade, de Edla Van Steen
  72. I Love My Husband, de Nélida Piñon
  73. Toda Lana Turner Tem Seu Johnny Stompanato, de Sonia Coutinho
  74. King Kong x Mona Lisa, de Olga Savary
  75. Flor de Cerrado, de Maria Amélia Mello
  76. Obscenidades Para uma Dona de Casa, de Ignácio de Loyola Brandão
  77. O Santo que Não Acreditava em Deus, de João Ubaldo Ribeiro
  78. O Japonês de Olhos Redondos, de Zulmira Ribeiro Tavares
  79. Vadico, de Edilberto Coutinho
  80. Linda, Uma História Terrível, de Caio Fernando Abreu
  81. Os Mínimos Carapinas do Nada, de Autran Dourado
  82. Conto (Não Conto), de Sérgio Sant'Anna
  83. A Confraria dos Espadas, de Ribem Fonseca
  84. Estranhos, de Sérgio Sant'Anna
  85. Nos Olhos do Intruso, de Rubens Figueiredo
  86. O Antinatal de 1951, de Carlos Sussekind
  87. Olho, Myrian Campello
  88. Zap, Moacyr Scliar
  89. Days of Wine and Roses (Dias de Vinho e Rosas), de Silviano Santiago
  90. A Nova Dimensão do Escritor Jeffrey Curtain, de Marina Colasati
  91. Jardins Suspensos, Antonio Carlos Viana
  92. O Misterioso Homem-Macaco, de Valêncio Xavier
  93. Dois Corpos que Caem, de José Silvério Trevisan
  94. Conto de Verão N : Bandeira Branca, de Luis Fernando Verissimo
  95. Por Um Pé de Feijão, de Antônio Torres
  96. Viver Outra Vez, de Márcio Barbosa
  97. Guri, de Cínthia Moscovich
  98. Estão Apenas de Ensaiando, de Bernardo Carvalho
  99. O Importado Vermelho de Noé, de André Sant'Anna
  100. 15 Cenas de Descobrimento de Brasis, de Fernando Bonassi

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