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A gente lê: Morte Súbita

Minha última leitura foi Morte Súbita, de J. K. Rowling.

O livro conta a história de uma cidade pequena, logo após a morte de um conselheiro da cidade. A história foca nos desdobramentos dessa morte, o que afeta até pessoas não próximas ao ex-conselheiro. O título original é Casual Vacancy, referente à essa vaga que apareceu de repente, após a morte repentina.

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Ganhei esse livro há uns 6 meses, mas a história não foi cativando, e então acabava lendo outros. Achei o início bem cansativo, com muitos personagens não relacionados, e mudando de enfoque, e isso foi me perdendo (tanto que recomecei a ler ele de novo, após o primeiro capítulo). Acho que isso já foi me desanimando um pouco para ler.

Mas a história melhorou. A autora buscou dar uma animada, colocou conflitos, pais chulos, filhos rancorosos, conflitos de cidade pequena...
Em resumo, virou uma novela (mais curta, claro).
Mas o final é legal. Ele melhora, e no término, realmente fiquei empolgado para saber como ele termina.

Talvez eu esteja sendo bem crítico com esse livro, mas eu realmente esperava muito mais da autora de Harry Potter, e essas expectativas altas não foram correspondidas.

Se alguém já leu, e gostou bastante, escreve pra gente, e coloque os pontos positivos :)

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As diferenças entre o Corcunda de Notre Dame de Victor Hugo e o da Disney

corcunda-notre-dame-disney.jpgNo comecinho da semana passada, contei que li O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo , e que estava louca para rever o desenho que a Disney fez da obra em 1996. 

Para mim era óbvio que encontraria muitas diferenças entre original e adaptação. Primeiro porque quem vai assistir a esse tipo de filme deveria estar ciente de que é uma A-D-A-P-T-A-Ç-Ã-O, não uma cópia. Outra porque o Corcunda de VH é um livro adulto que precisou ser transformado numa história para crianças.

De qualquer maneira, algumas discrepâncias foram bem curiosas, principalmente por causa dos 165 anos que separam o livro do desenho - sabem como é, valores mudam. Comento abaixo algumas delas:

O malvado de Victor Hugo é um padre e o da Disney, um juiz

Provavelmente para evitar polêmicas religiosas, a Disney optou por colocar o cruel Cláudio Frollo na ocupação de um juiz em vez de um arcediago.

No desenho, o malvadão da história é um radical que persegue ciganos. Um dia, ele mata uma forasteira bem nas escadarias de Notre Dame e, para expiar os pecados, acaba ficando com o bebê que a morta carregava: Quasímodo.

Já no livro, Frollo é um homem com uma vida sofrida, mas capaz de se compadecer com uma criança abandonada cheia de defeitos físicos e adotá-la. Ele vive com Quasímodo na catedral francesa até que surge Esmeralda, a mulher que o enlouquecerá de paixão. Juntando culpa com posse, o religioso começa a fazer as piores crueldades do mundo.

O Quasímodo do livro é surdo

O corcunda de Victor Hugo é um sineiro que perdeu a audição depois de tantos anos ouvindo as badaladas. Essa característica dificulta ainda mais a vida de Quasímodo. Em um trecho angustiante, por exemplo, ele está em um julgamento e não consegue se defender, pois não ouve as perguntas dos juizes. 

Não sei por que a Disney eliminou essa informação, mas imagino que foi para facilitar a comunicação do personagem.

O capitão Febo das páginas é um cafajeste

O verdadeiro conto de fadas precisa ter o quê? Um casal que termine feliz para sempre, como aconteceu com Febo e a Esmeralda versão Disney. Pois é, meninas, segurem o coração. No livro, o capitão e a cigana têm um lance (bem mais acalorado do que o mostrado para as crianças no desenho), mas o cara usa a mocinha e joga fora. 

A Esmeralda original é uma bobalhona

Não sei se foi a Revolução Feminista, mas a cigana da Disney é mil vezes mais esperta do que a de VH, além de ser fofinha com o corcunda.

A literal, meu deus... É uma típica mocinha do Romantismo: casta, besta, frágil e pior: acabam sempre levando os bravos homens da história à ruína. Reflitam sobre as personagens femininas e me digam se elas - ou melhor, a "ingenuidade" delas - não são sempre as culpadas pelas desgraças.

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Ester Correia 31 de Julho de 2015 às 23:13

Interessante ver as diferenças entre o livro e o filme, não sabia que havia diferenças assim tão marcantes entre estes, muito legal seu post.

Gabriela 2 de Agosto de 2015 às 15:48

Valeu, Ester!

Camila Soares 27 de Janeiro de 2016 às 15:04

Sempre conheci a versão do filme, que por sinal amo! Mas depois tive a curiosidade de ler o livro e percebi que certos detalhes foram muito modificados. O da Disney é fantasia, final feliz, enquanto no livro é algo mais sério com toques bem fortes de fatalidade. Terminei o livro bem chocada na verdade haha, a visão que temos de Quasímodo nele é bem distinto do filme. Mas o bom é que nos dois, pela percepção que temos de fora, passamos a compreendê-lo melhor, as verdadeiras intensões que o corcunda tem.

5 coisas que você deve saber antes de tentar publicar seu livro

livro-prateleira.jpg

Você finalmente colocou o último ponto final no seu livro? Respire fundo, porque ainda existe um longo caminho até que ele vá parar nas prateleiras das livrarias. Supondo que todos os desafios literários e estilísticos tenham sido superados e que você realmente tenha escrito um texto bom e original (\o/), chegou a hora de mandá-lo para as editoras.

É lá que seu trabalho será avaliado por um profissional que vai prosseguir ou acabar com o seu sonho (pelo menos momentaneamente). Para aumentar as chances de você ter sua obra publicada, listo cinco itens que aprendi em um curso ministrado por Vanessa Ferrari, editora da Companhia das Letras.

Tome nota e boa sorte :)

1. "Cada editora tem um DNA"
Não pense que sair enviando seus originais para todas as editoras do Brasil amplia o seu leque de oportunidades, pois cada empresa tem especialidades. Algumas publicam apenas HQs, outras não curtem biografias... Sacou?

Para evitar perda de tempo e de dinheiro, acesse o site da editora e veja se o catálogo dos últimos livros lançados por ela orna com o estilo da sua obra.

Dica da Vanessa Ferrari: a Objetiva, Record, Alfaguara e a própria Companhia das Letras são as mais interessadas em autores nacionais.

2. O contexto pode te ajudar... ou te ferrar
Efemérides aumentam o interesse por um assunto. Exemplo, 2014 foi um bom ano para se lançar livros sobre Copa ou sobre os 50 anos do Golpe de 1964 (embora provavelmente tenham começado a mexer nos originais há uns dois anos). 

Ao mesmo tempo, cuidado com a saturação do mercado. Mesmo que sua obra seja maravilhosa, dificilmente será aceita por uma editora que acabou de aprovar outro livro sobre o mesmo tema. E esse "mandar na hora certa", meus amigos, é questão de sorte. Simples assim. 

3. Escreva um livro de 300 páginas no máximo
Livro grosso não vende "a não ser que você seja o Ruy Castro", brincou a professora. Não existe uma resposta científica para esse fato, mas eu, leitora-pedestre, confesso a minha preferência por carregar menos peso na bolsa.

4. Prefira o romance à poesia
Poetas do meu Brasil, me desculpem, mas será difícil ver seus versos publicados por uma grande editora, porque poesia também não vende "a não ser que você seja o Leminski", comparou Vanessa Ferrari.

E aí ela completou com uma notícia que, para mim, é ainda mais triste: contistas também não costumam ser muito valorizados, não. Por isso, melhor escrever um romance :/

5. Não invente
Quanto mais artifícios tiver seu livro - e aqui eu me refiro a ilustrações, fontes coloridas, mapas, diagramação inovadora -  mais ele custará. E aí a editora vai pensar mais antes de bancá-lo.

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JOSÉ ANTONIO SINTRA 4 de Março de 2021 às 18:13

Caro(a) conselheiro(a),
No seu item 4 "...poesia também não vende..."; precisamos conversar a respeito disso! A minha vende (vai vender)!! É questão de achar um canto, sentar e ler. Não restará dúvidas que é uma aposta promissora! Caso os originais caiam nas tuas mãos, você não terá lido nada mais inteligentemente interessante. Estou fazendo uma prévia revisão; logo chegam aí. Fica de olhos abertos... eles vão se arregalarem!!

Abraços!!

romeu 27 de Agosto de 2022 às 17:26

boa tarde,

escrevi algumas adaptações sobre 3 obras de julio verne que quase não são publicadas com qualidade qdo comparadas com as obras mais famosas como por exemplo: 20.000 léguas submarinas, viagem ao centro da Terra e volta ao mundo em 80 dias.
gostaria de saber quais são as sugestões que podem ser oferecidas a mim sobre publicação, ilustração e outras afins.
ainda, sou professor de geografia e decidi acrescentar de forma anexa, para quem interessar possa, atividades relacionadas a geografia.
grato

Luiz Sérgio Alves 24 de Outubro de 2022 às 10:01

Tenho um livro autobiográfico (policial) e alguns outros projetos. Quero viver de escrever. Sou formado em jornalismo e experiente em todas áreas, reportagem, redação, edição,, direção de veículos de comunicação e como assessor de imprensa de grandes personalidades da vida pública. Estou me aposentando a polícia civil e quero dedicar meu tempo à escrita e viver disso.

Antes da mega produção, O Hobbit já tinha virado desenho em 1966

Você sabia que o livro O Hobbit já tinha ganhado vida muito antes do lançamento da mega produção de 2012? Acredite, em 1966, a obra de J.R.R. Tolkien virou um desenho criado e dirigido pelo americano Gene Deitch (cujo currículo poderia listar episódios de Tom e Jerry e Popeye).

Originalmente, a intenção era lançar um longa-metragem, no entanto enrolaram tanto para fazer a animação, que o contrato quase expirou. Com isso, Deitch teve apenas um mês para trabalhar, e o resultado foi uma adaptação de nem doze minutos.

Para mim, o mais engraçado é ver o Bilbo magrinho imaginado pelo ilustrador tcheco Adolf Born.

Chega de conversa e vamos assistir. 

A tradução desse vídeo foi feita pelo Wilba Dissidente.

Leia mais sobre O Hobbit aqui no Shereland:
Que tal ter uma toca de hobbit no seu quintal? 

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Turma da Mônica Jovem vai virar filme com atores de verdade

turma-monica-jovem.jpg

Filme da Turma da Mônica já existe. Mas, pela primeira vez, teremos a chance de assistir aos personagens mais queridos do Brasil intepretados por atores de verdade, não por desenhos ou bonecos.

A novidade super quentinha foi contada meio que a contragosto pelo próprio Mauricio Sousa em entrevista a Amaury Jr (juro que não estava assistindo :p ). "Estamos iniciando os preparativos para fazer o longa-metragem para a Turma da Mônica Jovem em carne e osso", disse.

O cartunista ainda revelou que os atores estão sendo procurados pelo Brasil todo "entre o público", o que me fez entender que não serão famosos quem trarão Mônica e companhia à vida.

Leia mais sobre Turma da Mônica no Shere:
Contamos o que achamos de Turma da Mônica em Graphic Novel 
Revelamos quais são os próximos lançamentos de Turma da Mônica Graphic Novel 
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Rafael 22 de Junho de 2014 às 20:37

Ebaaaa... eu quero ser o cascão :)

jaquejaqueline 4 de Setembro de 2014 às 19:04

Gente que surpreendente... o mais legal é saber que será feito por fãs e não por famosos... nossa que show... Gostaria muito de fazer parte... que sonho???

dália 13 de Outubro de 2014 às 13:27

será que é verdade? bom vai ter as histórias em desenho animado da tmj daqui um tempo e agora o filme. como será que eles vão escolher vão sair na rua procurando afffff ou pegar blogs de fãs? quem sabe espequitativa total urruuu

Camila 23 de Dezembro de 2014 às 01:25

Meu deus eu sonho com isso des de quando tinha 7 anos to com 11 e meu sonho é ser a Mônica digo fazer ela no cinema e um sonho , desde pequena me chamam de Mônica claro né tenho dentes como o dela kkkk.
quando criança sempre meu colegas ficava me chamando de Mônica.
EU QUERO MUITO FAZER PARTE DISSO QUERO MESMO MEU SONHO AGORA TÁ SAINDO LAGRIMAS DE MIM AGORA, SERIO VOU FICAR SEM DORMI ESSES DIAS QUE VEM.
,meu deus não to acreditando todos meus amigos falaram para eu tentar participar para fazer ela com a força deles eu vou conseguir eu vou se não ficarei bem triste. Mas eu vou conseguir sei que vou Maurio me espere estarei ai logo beijos para voce te amooo

Dawson Brandao 22 de Setembro de 2015 às 11:04

Gente, para tudo!!!!!! Que coisa maravilhosa! Esse cara, o Maurício de Sousa, já revolucionou a própria criação dele transformando as "pessoinhas" em personagens mais jovens, vivendo outros conflitos mais instigantes... Agora essa do filme com atores de carne e osso. Eu vi essa entrevista (eu assisti, sim!) e acrescento que ele ainda disse que não precisavam nem serem atores. Bastavam que as pessoas se parecessem mesmo fisicamente com a galera da turma. Por isso, qualquer brasileiro poderia vir a encarnar esses personagens. Curiosamente, caso a equipe dele leia essa mensagem, há um rapaz que é a cara do Cebolinha em São Paulo. O cara ainda por cima tem a língua presa!!! HAHAHAHA... Na hora em que o vi, me lembrei do filme. Ele é figurante e participou do quadro "Rola ou Enrola" do Programa da Eliana no mesmo ano em que o Maurício de Sousa deu a entrevista, mas não me lembro a data correta. O cara tem 22 anos, é esbelto... lindo!!!! Fica a dica.

Gabriela 22 de Setembro de 2015 às 11:43

Dawson, você tem o contato desse cara? Vamos enviar pra produção!

Dawson Brandao 5 de Novembro de 2015 às 09:45

Oi, Gabriela, não tenho o contato desse cara! Na realidade, não tenho nenhuma relação com esse mundo artístico. Meu mundo é muito diferente (deixei de ser advogado para atuar na área de hospedagem como Guest Relations e cuido do atendimento de um público mais exigente e de comunicação erudita, normalmente formado de executivos e estrangeiros, e já estou em uma nova transição de carreira para a área da aviação, bastando apenas terminar os estudos de alguns idiomas, inclusive o grego moderno que eu amoooooo). Mas vou fazer o seguinte: vou rever no YouTube todos os programas daquele ano em que o "Rola ou Enrola" foi ao ar e tentar encontrar ele. Adorei sua ideia de enviar para a produção. Como eu disse, ele é lindo que nem o Cebolinha jovem e tem ainda a língua presa que é o charme de ambos. Vou ver a data em que o programa foi ao ar e vou postar o link aqui pra você, OK? Acredito que de posse da data em que o programa da Eliana foi ao ar, fica mais fácil para a produção encontrá-lo porque, a partir daí, basta entrar em contato com a produção do programa e ver a agência que mandou esse cara pra lá.