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Hoje tem homenagem aos 70 anos de Leminski

Sim, estamos atrasados, mas isso não muda o fato de que Paulo Leminski teria completado 70 anos de vida no último domingo, dia 24 de agosto. 

Deixamos aqui uma homenagem que nossa querida amiga Karina Sérgio Gomes fez ao poeta curitibano, morto em 1989.

Com vocês, Razão de Ser, por Karina:

razão de ser from Karina Sérgio Gomes on Vimeo.

Veja mais colaborações de Karina no Shereland:
Nos 20 anos da morte de Mario Quintana, confira uma "entrevista" especial com o poeta 
Conheça a linda história entre Carlos Drummond de Andrade e a filha, Maria Julieta 

Clique aqui e saiba mais sobre o trabalho da Karina 

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A gente lê: Sua Voz Dentro de Mim

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Há poucos meses, minha vlogueira literária favorita, Tati Feltrin, fez um vídeo questionando se uma crítica ruim a algum livro afetaria nossas impressões ou até mesmo nos faria desistir de ler a obra. Acabo de descobrir a resposta para a Tati: não.

Nas últimas semanas, convivi com minha amiga Juliana detestando o livro Sua Voz Dentro de Mim, de Emma Forrest.

Por mais que suas críticas fossem encorpadas, surgiu em mim algo incrível em relação ao título: curiosidade. Pois é, no mesmo dia em a Ju explicou sua irritação com a autora em um post especial para o Shere , eu peguei o livro emprestado.

Nas primeiras páginas, de fato, também achei Emma Forrest dispersa, incapaz de narrar algo lógico por muitas linhas e um pouco obcecada por si. Mas fui avançando e comecei a sentir um afeto por ela e pelo texto apesar de tudo. A conclusão, minha gente, é que eu gostei muito de Sua Voz Dentro de Mim, por mais que concorde com todos os argumentos contra que a Ju tinha me dado.

Trata-se de um diário de uma maníaco-depressiva que ama o seu psiquiatra e o ex? Sim. Mas esse é justamente o ponto. O que já é interessante por demais.

Vejam só: Emma é uma escritora de uns 30 anos cheia de problemas: ela é depressiva, bulímica e pratica automutilação. 

A história começa a partir da sua primeira tentativa de suicídio. É o psiquiatra Dr. R. quem praticamente salva a sua vida, dando a ela segurança e estabilidade. E é nesse auge que ela começa um romance avassalador com ninguém menos do que o astro Colin Farrell (conformem-se, ela não é gente como a gente). 

Mas... o anjo-psiquitra morre de câncer e, meses depois, o até então apaixonadíssimo Colin Farrell decide que "precisa de espaço". É isso... O que ela está querendo contar desde o começo é como uma moça com tendência suicida sobreviveu à morte de dois entes tão queridos (já que o término de uma relação não deixa de ser a morte do casal).

Concordo com a Ju. A história não é contada de forma linear, faltam explicações e Emma o tempo todo tenta brilhar mais do que a narrativa. Também acho que ela glamouriza seus problemas e adora dizer que é louca. Mas ainda assim eu torci por ela. 

Quando o diabo do Colin Farrell dá um fora dela, meu coração se quebrou também. Quando Emma decide não se matar, vibrei no meio do metrô. E quando ela explica o título do livro então, nossa, vivi de alegria. Tanto que vou até copiar aqui embaixo:

Emma tem uma conversa imaginária de despedida com o Dr. R. já morto. Nela, ele questiona como ela reagirá aos momentos difíceis da vida:

- Quando acontecer - ele me pergunta - o que a fará aguentar?
- Os amigos que me amam.
- E se seus amigos não estiverem presentes?
- A música pelos fones de ouvi.
- E se a música parar?
- Um sermão do rabino Wolpe.
- Se não houvesse religião?
- As montanhas e o céu.
- Se você saísse da Califórnia?
- Ruas numeradas para que eu continue andando.
- Se Nova York cair no mar?
Sua voz dentro de mim"
Ela é uma grande escritora? Não acho. É meu livro favorito? Nem de longe. Mas o fato é que Emma é daquelas pessoas que a gente vê na revista e quer saber como ela vive de verdade.

Para finalizar, deixo aqui outra conversa imaginária que ela descreve, dessa vez com o ex Collin Farrell, e uma imagem do quadro Ofélia, de John Everett Millais, que inspirou a capa e a história do livro:
- Você é minha?
- Não.
- Não?
Não. Eu adorava ser sua. Mas agora eu sou minha, é é tudo o que sempre fui, no fim das contas.

ofelia-millais.gif

Leia mais:
Sua Voz Dentro de Mim é o diário de uma maníaco-depressiva que ama o psiquiatra, por Juliana 

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Sua Voz Dentro de Mim

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Preço único para livros: concorda?

livros.jpg

Durante essa semana, está rolando a 24ª Convenção da Associação Nacional das Livrarias, e um tema que vem aparecendo com destaque é a lei do preço único para livros. De acordo com ela, quem passaria a determinar os valores dos exemplares seriam as editoras, não cada comércio.

Um dos objetivos da norma seria impedir que mega lojas como a Amazon "comam" pequenas livrarias com suas potentes políticas de descontos. A proposta restringe também as promoções, permitindo apenas descontos de 5% a 10% e por um breve período.

Para a Folha de S. Paulo, o vice-presidente da ANL disse que a lei tornará os livros mais acessíveis para a população, já que incentivaria a abertura de mais livrarias no Brasil. Já eu, que não entendo muito do assunto "mercado" mas compro muitos livros, temo que acabem minhas festas nas promoções absurdas da Submarino e companhia.

E vocês, como veem essa proposta? Me conte nos comentários :)

Leia mais:
Cinco dicas para economizar na hora de comprar livros 

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Rafael 21 de Agosto de 2014 às 18:49

A princípio, não acho a ideia tão interessante. Muito poder na mão da editora, que poderia "ditar" um preço acima do "justo" (embora eu não saiba o que é esse preço justo).
Mas vejo com maus olhos como se fosse um monopólio de preço, ao invés de livre concorrência.

A gente lê: Fahrenheit 451

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Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, é uma das distopias clássicas da literatura, ao lado talvez de 1984 (George Orwell) e Admirável Mundo Novo (Aldous Huxley).

Bradbury imaginou que, no futuro, os livros seriam proibidos. A partir dessa premissa, ele criou uma sociedade em que os bombeiros existem não mais para apagar fogo, mas para queimar exemplares de livros escondidos pela cidade.

O herói da história é justamente o bombeiro Montag que, logo nas primeiras páginas, encontra uma adolescente de 17 (?) anos toda diferentona. Essa menina gosta, segundo ela mesma, de observar as coisas - isso em um ambiente em que pensar era mal visto. 

Os encontros com Clarisse estimulam Montag a questionar a própria vida, a profissão e o relacionamento com a esposa, uma mulher fútil que passa o dia assistindo a programas de televisão e chamando os apresentadores de "sua família".

Ou seja, temos Montag, o revolts, num ambiente repressor. O que vai acontecer desse conflito, você já deve imaginar.

Destaco que este livro é de 1953 e, nele, aparecem prenúncios para a gente de 2014: reality shows, valorização do audiovisual em detrimento do sensorial, pessoas super estimuladas e ao mesmo tempo alienadas...

Vou até copiar um trecho abaixo para vocês sentirem a crítica de Bradbury:

"Encha as pessoas com dados incombustíveis, entuapa-as com 'fatos' que elas se sintam empanturradas, mas absolutamente 'brilhantes' quanto a informações. Assim, elas imaginarão que estão pensando, terão uma sensação de movimento sem sair do lugar".

Instigante, não é? Mas a partir daqui vou ser sucinta para polemizar o mínimo possível: eu detestei o livro. De verdade! A ponto de ter que me forçar a terminar.

Eu sei que Fahrenheit 451 é a base de muito o que vimos por agora - chuto que, inclusive, a série Jogos Vorazes. Mas eu achei chato, não gostei dos personagens, previsível e com um linguajar extremamente rebuscado sem ser genial (ex: "Depois, ao ir para a cama, sentiria no escuro o sorriso inflamado ainda preso aos músculos da face"). 

Pronto, falei.

Mas melhor vocês me ignorarem, já que fiz uma pesquisa nos blogs que acompanho  e todos dizem que o livro é "sensacional". Não sei. Talvez se eu tivesse lido o livro quando era mais nova, antes de 1984 (esse, sim, avassalador)...

Discorda de mim? Explique por que nos comentários ; )

Livros relacionados

Fahrenheit 451

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ulisses sebrian 18 de Agosto de 2014 às 14:15

Olá Tudo bem! Visitei o seu blog e agora estou como seguidor se não se importa. Divulgue em meu twittter @ulissessebrian Obrigado e sucesso. E também tenho um blog gostaria que visitasse. Histórias empolgantes e que te emocionam. http://migre.me/dVvEK Ou http://truquedevida.blogspot.com.br/ https://twitter.com/ulissessebrian

Cláu 18 de Agosto de 2014 às 23:31

Discordo, baby! :(
Assim... muito da ficção científica tem muito dessa linguagem rebuscada, mesmo. Mas, em português, isso costuma calhar com um tradutor ruim e bam, desastre! rs
O Bradbury é especialmente difícil de traduzir. Ele era considerado o poeta da ficção científica e fez um sucesso enorme no Brasil lá pros anos 60 justamente por ter uma linguagem muito mais palatável que outros autores contemporâneos dele, como o Arthur C Clarke, que é um chato não importa a língua que escreva <3 haha
Posso te emprestar um outro livro dele pra vc dar uma chance pro moço no futuro? :) Prometo que ce não vai querer queimar o livro depois!
Bêjo!

Chatinha 19 de Agosto de 2014 às 07:48

1984 parece muito mais legal

Gabriela 20 de Agosto de 2014 às 19:52

Mas, Cláu, se fosse só a linguagem, até que tudo bem. A questão é que eu achei tudo meio superficial. Como se fosse uma ótima ideia mal desenvolvida, sabe?

Corram! Graphic Novel Bidu - Caminhos chegou às bancas

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Iupi! Ontem (14/8), chegou às bancas Bidu - Caminhos, a novidade da fofíssica Graphic-MSP - coleção de HQs feita por artistas diversos com os clássicos personagens da Turma da Mônica.

Nesse volume, Eduardo Damasceno e Luis Felipe Garrocho contam como Franjinha conheceu seu lindo cachorro azul de estimação. 

Veja algumas imagens divulgadas do livro enquanto contamos mais sobre a série nas legendas.

Álbum

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